quarta-feira, novembro 29, 2006

Cheiros da infância

Ando em uma onda de nostalgia...
Hoje, vindo para o trabalho (penúltimo dia, antes de começar no novo, na sexta - o que explica em parte minha ausência), senti um cheiro de queimado, que me remeteu às manhãs em que a madrinha matava uma galinha e a colocava no fogo, para depenar. Isso não me causava nenhum sentimento a não ser fome, mesmo. A galinha da madrinha ficava uma delícia! E eu gostava sobretudo da coxa, com pele e tudo (coisa que hoje em dia eu separo).
Depois, senti outro cheiro esquisito que me lembrou a fase em que meu pai resolveu montar um aquário, quer dizer, o próprio aquário, as armações de ferro, grudadas com aquela massa de vidraceiro, e ele vazava, e tinha que esvaziar e tentar grudar tudo de novo... E eu ali, observando meu pai a trabalhar. Essa era a melhor parte. A dos peixinhos já não tinha tanta graça.
Daí lembrei de outros cheiros: o cheiro do primeiro dia de aula... do material novinho... a ansiedade de rever as amigas depois de tanto tempo (a gente não se encontrava muito nas férias, não...). Cheiro de boneca nova, cheiro de Natal, cheiro de panetone e das comidas italianas que meu avô inventava quando chegava perto do Natal. Chamavam strófoli e pinhulata, e - óbvio - não sei se é assim que escreve...
Enfim, nostálgica.
Acho que é normal ficar nostálgica quando você vai se tornar avó.

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