quarta-feira, fevereiro 27, 2019

Querida amiga E.




(O E. é para preservar a identidade da minha querida amiga, mas ela saberá que escrevo este texto para ela).

Muitas vezes, pensamos porque acontecem coisas ruins para pessoas boas. Será que Deus não é tão bom assim, afinal? Por que algumas cargas emocionais nos parecem tão pesadas e tão desproporcionais ao merecimento de certas pessoas?

Acho que estas são as perguntas mais difíceis de serem respondidas. Mas também as mais fáceis. E a resposta resume-se a uma simples palavrinha: o amor.

Algumas pessoas erram muito mais do que outras. Por "n" razões, até mesmo razões médicas. Pessoas erram. Todas as que estão aqui no Planeta, sem exceção. Eu, particularmente, acredito que todas as razões para o erro são espirituais, acima de tudo.

E para suportar tanto peso, tanta tristeza, tanta violência, tanta decepção, é preciso que ao lado dessa pessoa que erra estejam outras pessoas capazes de amar incondicionalmente. Amar mais do que as pessoas "comuns". Ninguém é uma ilha, ninguém vive sozinho. Temos que aprender a viver e a "com-viver".

Por isso, diante de tanta excepcionalidade (no sentido negativo), só mesmo mais excepcionalidade (no sentido positivo) para contrabalançar, para equilibrar. São degraus difíceis de serem galgados. Mas a subida não é impossível.

Com a rede de empatia que se constrói ao longo do nosso caminho nesta vida, conseguimos atravessar as noites mais sombrias, as provas mais duras, escalar os picos mais altos. É difícil se colocar no lugar do outro? A empatia pode ser bonita na teoria, mas na prática é difícil imaginar e sentir o que o outro sente.

Mas acontece que nós todos estamos aqui em um curso intensivo de aprendizagem do amor. Como não amar um filho, que foi gerado nas nossas entranhas e que agora nos parece uma pessoa estranha?

Por mais que a gente possa condenar os atos de alguém, essa pessoa merece compaixão. Piedade. Amor.

Tem uma frase bem conhecida, que é designada como um provérbio sueco, que diz assim: "Procure me amar quando eu menos merecer, pois é quando eu mais preciso". Essa frase é muito boa para refletirmos sobre os momentos em que o amor deve ser mais cultivado nesta nossa vida aqui neste planetinha.

Sei que quando a gente tá triste, tá pra baixo, tá decepcionado, tá sem entender os acontecimentos, a tendência é termos vontade de desistir, de chorar, nos faltam palavras, ficamos perplexos diante de certas atitudes.

Mas é justamente aí que precisamos vibrar amor. Muito amor e mais amor. É nessas horas que temos que recorrer aos seres de LUZ que velam por nós, que nos inspiram, nos amparam, nos protegem... Eles estão ao nosso lado, e ouvem as nossas preces.

Esses anjos da guarda aguardam pacientemente a poeira baixar. Nos enviam eflúvios de LUZ e de consolação.

Neste momento, também cabe aquele famoso conto do rei, que queria uma palavra "mágica" para os momentos de aflição e de dor, do vídeo que postei aqui.

E eu só posso mesmo oferecer meu ombro, minha solidariedade, minha empatia, minhas orações, minhas vibrações positivas, minhas palavras....

Fique bem, minha amiga. Sobretudo, tenha a consciência tranquila - você fez e faz tudo o que pode e mais um pouco. E é isso, vai passar.

Boa noite, durma bem.

sábado, fevereiro 02, 2019

O que é escrita curativa?


Ainda sob a forte emoção da vivência de hoje, aqui estou eu no meu querido diário virtual outra vez para agradecer ao Universo (Deus?) pela oportunidade que Ele me deu de compartilhar um bocadinho do que aprendi nesses meus 60 anos de vida com relação ao poder que as palavras têm e a como podemos usar esse poder a nosso favor.
As palavras estão presentes em nossa vida o tempo todo, mas a gente vive a maior parte do tempo no "piloto automático" e nos esquecemos de que as palavras podem curar. Olha só que imenso poder temos ao nosso dispor!
A escrita curativa nada mais é do que a oportunidade, por meio das palavras, de fazermos verdadeiras viagens no tempo e reconstruímos o nosso passado doloroso, e criamos o nosso futuro brilhante. Nós podemos tudo! Temos esse poder, mas às vezes nos esquecemos dele. As palavras nos ajudam a nos conectar a esse nosso poder.
O papel (ou o computador) podem nos ajudar a organizar ideias, pensamentos, sentimentos, a botar ordem na casa (o nosso interior).
Aprendi que, ao escrever, soltamos os nossos fantasmas e eles deixam de nos assombrar.
Ao escrever, nos ligamos uns aos outros, quando compartilhamos as nossas palavras, isso quando elas chegam carregadas de verdade, de alma, de coração. Elas rasgam o nosso peito e nos ajudam a decifrar o que tem lá dentro. Não estamos sós.
Palavras, sentimentos, emoções, doces, não tão doces, dolorosas. As palavras nos dão CORAGEM de lidar com as nossas emoções mais íntimas e mais escondidas.
A escrita curativa é esse mergulho. Um mergulho profundo.... mas quando a gente tá lá embaixo, vemos que não estamos sozinhas, sozinhos.... tem gente esticando a mão e nos puxando pra cima, pro alto, pro lugar onde estão os nossos desejos, aguardando para serem realizados.
Nós podemos tudo.
A união, o encontro, a conexão.... Cada pessoa traz uma palavra e a sua palavra é a sua verdade. Nada é por acaso. Uma palavra se liga à outra e à outra, e todas se interconectam dando novos sentidos a palavras por vezes esquecidas.... empoeiradas. Mas elas ganham novo brilho, nova vida, e se revestem de novos significados.
As palavras de hoje foram: gangorra, gincana, escola, sentir, aconchego, experiência, amor e renascimento (por ordem cronológica, da mais nova à mais velha).
"Na escola do sentir, experimentar o movimento da gangorra, que sobe e desce, preenche e esvazia, aconchega e desafia, gera o movimento do amor. "
Gratidão profunda ao dia de hoje, a quem foi lá, de tão longe, à contribuição de cada uma, com suas singularidades e intercessões. Gratidão, gratidão, gratidão........