domingo, junho 27, 2010

Amizades, homens, mulheres

Olívia, Lucas e Eli
("roubei" a foto do Orkut do Lucas - sorry!!)

Recebi um texto muito bom da Eli por e-mail e tem tudo a ver com o Consulta, por isso, publico aqui. Falando na Eli, ela veio hoje aqui em casa almoçar com a Olívia, que é amiga da Biba.
Antes do almoço a Biba comentou:
- Mãe, eu acho tão legal você ser amiga da mãe da Olívia.
Sim, somos amigas desde antes de as duas nascerem. Bota amizade nisso!! Ficamos um tempo sem nos encontrarmos, mas a lista de coincidências é tão grande... quer ver??
- A Olívia nasceu no mesmo dia que o Tom (anos diferentes, é claro - 5 de março)
- O Lucas (o filho mais velho da Eli) estudou na mesma escola do Tom (Oswald)
- A Biba e a Olívia estudaram na escola da Vila e depois no Equipe.
- Moramos no mesmo bairro.
São essas coisas, esses fatos, que aproximam as pessoas, as pessoas se identificam, e a amizade vai se firmando.

Vai ver que é por isso que eu gostei do texto que ela mandou:

Diferenças entre homens e mulheres
Texto de Sérgio Gonçalves - redator da Loducca, publicado no jornal da agência

Se uma memória restou das festinhas e reuniões familiares da minha infância foi a divisão sexual entre as pessoas: mulheres de um lado, homens do outro. Não sei se hoje isso ainda ocorre. Sou anti-social a ponto de não frequentar qualquer evento com mais de 4 pessoas, o que não me credencia a emitir juízo. Mas era assim que a coisa rolava naqueles tempos.

Tive uma infância feliz: sempre fui considerado esquisito, estranho e solitário, o que me permitia ficar quieto observando tudo. Bom, rapidinho verifiquei que o apartheid sexual ia muito além das diferenças anatômicas. A fronteira era determinada pelos pontos de vista, atitude e prioridades. Explico: do lado masculino imperava o embate das comparações e disputas. Meu carro é mais potente, minha TV é mais moderna, meu salário é maior, a vista do meu apartamento é melhor, o meu time é mais forte, eu dou 3 por noite e outras cascatas típicas da macheza latina.

Já do lado oposto, respirava-se outro ar. As opiniões eram quase sempre ligadas ao sentir. Falava-se de sentimentos, frustrações e recalques com uma falta de cerimônia que me deliciava.

Os maridos preferiam classificar aquele ti-ti-ti como fofoca. Discordo. Destas reminiscências infantis veio a minha total e irrestrita paixão pelas mulheres. Constatem, é fácil. Enquanto o homem vem ao mundo completamente cru, frequentando e levando bomba no bê-á-bá da vida, as mulheres já chegam na metade do segundo grau.

Qualquer menina de 2 ou 3 anos já tem preocupações de ordem prática. Ela brinca de casinha e aprende a dar um pouco de ordem nas coisas. Ela pede uma bonequinha que chama de filha e da qual cuida, instintivamente, como qualquer mãe veterana. Ela fala em namoro mesmo sem ter uma ideia muito clara do que vem a ser isso. Em outras palavras, ela já chega sabendo. E o que não sabe, intui.

Já com os homens a historia é outra. Você já viu um menino dessa idade brincando de executivo? Já ouviu falar de algum moleque fingindo ir ao banco pagar as contas? Já presenciou um bando de meninos fingindo estar preocupados com a entrega da declaração do Imposto de Renda? Não, nunca viram e nem verão. Porque o homem nasce, vive e morre uma existência juvenil. O que varia ao longo da vida é o preço dos brinquedos.

E aí reside a maior diferença: o que para as meninas é treino para a vida, para os meninos é fantasia, é competição. É fuga. Falo sem o menor pudor. Sou direto. Sou assim. Todo homem é assim. Em relação ao relacionamento homem/mulher, sempre me considerei um privilegiado.

Sempre consegui enxergar a beleza física feminina mesmo onde, segundo os critérios estéticos vigentes ela inexistia. Porque toda mulher é linda. Se não no todo, pelo menos em algum detalhe. É só saber olhar. Todas têm sua graça. E embora contaminado pela irreversível herança genética que me faz idolatrar os ícones de cafajestismo, sempre me apaixonei perdidamente por todas as incautas que se aproximaram de mim. Incautas não por serem ingênuas, mas por acreditarem. PORQUE TODA MULHER ACREDITA FIRMEMENTE NA POSSIBILIDADE DO HOMEM IDEAL. E esse é o seu único defeito.

Um comentário:

  1. eli serenza6:41 PM

    Oi Silvia,

    Você esqueceu de incluir que trabalhamos juntas, somos jornalistas e frequentamos o mesmo clube durante uma época de nossas vidas também!
    Mas vim para casa pensando exatamente nisso - somos amigas! E isso faz quase 30 anos, apesar de nem parecer que se passou tanto tempo desde quando nossos filhos frequentaram juntos a mesma creche, no Cepam. Alias, tempo é uma coisa que só se passa do lado de fora...No resto, ou na essência, somos como o vinho!

    fico esperando o churrasco do Guilherme

    bjs

    Eli

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