terça-feira, abril 08, 2014

Emprego

Esse negócio de fazer aniversário todos os anos é uma coisa engraçada. Por um lado, fazer aniversário é bom, tem festa e tal. As pessoas te beijam, te abraçam, ou, no mínimo, deixam uma mensagem fofa na sua timeline no facebook.

Porém, tem um inconveniente: a cada ano que passa a gente fica mais velho/a. E isso traz rugas, falta de reflexos, de agilidade, de disposição, dores estranhas em lugares mais estranhos ainda, cabelos brancos, falta de paciência, etc, etc, etc.  Porém, o passar dos anos traz também experiência, em alguns casos, até sabedoria (nem todos).

O negócio é o seguinte: o emprego nosso de cada dia.... Dei todas essas voltas para finamente chegar ao ponto. Tem muita gente que odeia a segunda-feira e ama a sexta. Isso deve ser reflexo da relação que elas mantêm com o trabalho / emprego.

Para muita gente, trabalhar é um sacrifício, E não deixa de ser, mesmo. A gente tem que cumprir horários, e, pior, ordens. Algumas vezes até concordamos com as ordens, mas nem todas. E ainda assim, é o chefe, então é melhor cumprir. Tem até um ditado que diz: "manda quem pode, obedece quem tem juízo". Por aí vai.

A minha amiga Cris Alcântara postou um vídeo de animação que ganhou um prêmio em um festival em Berlim:


É forte, apesar das imagens "fofas".

É cáustico, sagaz, crítico. É bacana. Mas não sei se concordo com a mensagem final.

Ainda que o trabalho seja tudo isso, o trabalho é também a maneira com que a sociedade capitalista em que vivemos nos permite progredir. Progredir em todos os sentidos: material e aé espiritual. Com as mãos ocupadas, com a mente ocupada, a gente constrói um monte de coisas boas, cada um no seu quadrado.

Então, acho que o autor do vídeo exagerou um pouco. Toda generalização é, no mínimo, perigosa. Ainda que tenha gente que se comporta dessa forma com relação ao trabalho, ao emprego, eu me lembro muito bem das segundas-feiras quando eu estava desempregada e ficava observando os carros saindo da garagem do prédio onde eu morava para irem ao trabalho. E eu não tinha para onde ir. Nunca me senti tão triste, tão improdutiva, tão infeliz.

Portanto, você que lê este texto e que viu o filminho, encontre uma maneira de ser feliz hoje, não fique adiando a sua felicidade. Identifique o que te faz feliz e dê um jeito de encaixar isso no seu cotidiano, para não se tornar um "capacho" qualquer. Eu, por exemplo, canto no meu querido coral do clube desde o ano passado, faço aulas de hidroginástica há 10 anos e faço trabalho voluntário aos sábados de manhã. É pouco? P/ mim, por enquanto, é o suficiente. Essas atividades me dão felicidade e equilíbrio para enfrentar o resto,

Essa minha "sabedoria", esse meu modo de encarar a vida, a realidade, só chegou mesmo depois do passar de vários anos. Houve um tempo em que eu também me revoltei contra o "sistema" - mas hoje enxergo as coisas de outra perspectiva. Acredito que estamos neste mundo para crescer, para evoluir. E acredito que o trabalho (qualquer que seja ele) nos ajuda nessa tarefa.

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