sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Olha...

Tá tudo muito bem, tá tudo muito bom. Mas, realmente, agora a barra começou a pesar. O mês virou e com ele, as contas a pagar duplicam, triplicam e assim vai.

Essa sexta-feira pode ser decisiva ou, quem sabe, a segunda. E tudo isso me desvia da decisão que tomei há uma semana. Pessoa mais volúvel e atrapalhada do que eu, nesse exato momento, não há.

Número dois: procuro preservar você, caro(a) leitor(a), dos dissabores da minha vida. Mas se blog é mesmo um diário virtual, minha honestidade “cachorral” (do horóscopo chinês) me impede de deixar você sem saber o que se passa na minha alma de profissional “inteligente, competente”, mas triste por não poder usar o meu talento e fazer com que ele renda $$ capaz de ajudar meu marido a sustentar a nossa família...

Eu prezo muito esse meu blog e não quero que ele tenha índices elevados de page views, porque prefiro a qualidade à quantidade. Adoro você, que vem aqui de vez em quando, e que deixa um comentário (ou não). Minha vidinha é tão insignificante... Fico comovida ao ver que algumas pessoas se interessam sinceramente por mim, pelas minhas aventuras e desventuras. Minha mais recente decisão é participar de concursos literários, pra ver se ganho algum prêmio que ajude a pagar as contas...

Nem todo dia o nosso astral tá lá no alto, né?

Pra ilustrar, uma outra poesia inédita chamada "Uma flor pode morrer de tristeza":

Sobre a névoa eu me deito e rolo, sabendo seu gos-
to, querendo fugir, fingir que não, nela sou envolvi-
da. Sou a névoa que sobe, desce, gira, encobre, re-
cobre, desaparece no escuro, volta de repente, re-
pentinamente. Me rolo no mundo, na névoa, na cama. Pro-
curo o sono sem sonho que a névoa substitui. Es-
tico o pensamento, o corpo se encolhe. A pergunta fi-
ca ardendo, coçando no telencéfalo. Minha asma der-
rete a vontade de espichar os dedos da mão e do pé, me-
lhor é ficar calada antes que me digam pra ca-
lar, antes que o calo incomode e reclame do modelo des-
te calçado. Os olhos enxergam turvo (é a névoa incan-
descente). As coisas querem não mais serem vistas. Aque-
la flor perde a cor. Aqueles olhos de vidro deixam de re-
fletir. Aquele espelho fica mudo. Tudo porque o mun-
do só consegue chegar aqui via Embratel. A Humani-
dade fica enevoando a vida e quando eu quero sentir pin-
gos de chuva sinto tanta dificuldade...

(vamos ver que no vai dar essa minha "diagramação" quando entrar no "ar")

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