sábado, julho 30, 2016

Fazendo as próprias regras

Estamos vivendo tempos muito interessantes. Eu, principalmente. É absolutamente delicioso não ter mais patrão nem horário a cumprir. É absolutamente perfeito fazer só o que dá na telha, na hora em que a gente bem entende.

Acabei de fazer um post no meu blog de saúde cardíaca, que seria o blog "sério" (este aqui o de soltar a franga!) Estou descobrindo agora que adoro bagunçar tudo, adoro fazer minhas próprias regras, adoro não ter que cumprir nenhuma agenda, nenhum manual de redação, adoro não ter de seguir nenhuma das lições que aprendi na faculdade.

Escrever é o que me move neste mundo. Mas quero escrever do meu jeito, no meu ritmo e na hora em que eu quiser.

Não tenho que contentar ninguém, não preciso aprovar o que eu escrevo com ninguém, não tenho que pedir por favor e nem que mudar uma palavrinha ou outra por implicância de alguém. A sensação de liberdade é absolutamente maravilhosa! As palavras fluem, pulam para fora da minha cabeça e vão criando sua dinâmica e sua dança no papel, no teclado, na tela... onde for. Liberdade não tem preço.

Tudo bem que também não estou recebendo nada pelo meu "trabalho", mas são os ossos do ofício. No momento, é assim, Silvia. Escreva, Silvia, escreva. Quem sabe você não será um caso como o do Van Gogh, só reconhecido depois que morreu? Pode ser, né?

Quando eu estava na faculdade, imaginei que teria um bom emprego, ganharia um bom salário, CDF que eu era. Mas quis a vida que não fosse assim. Quando tive que escolher entre a vida particular e a carreira, escolhi a vida, sem pestanejar. Eu tinha um bebê de nove meses esperando por mim em casa. E não me arrependo dessa escolha. Felizmente, hoje ninguém precisa mais fazer esse tipo de escolha. Nem jornalismo quase não existe mais. Qualquer pessoa pode hoje "produzir conteúdo", seja escrevendo, fotografando, em vídeo, seja o que for.

Se a qualidade do que se produz é questionável, aí é outra história. Mas o "poder" é de todos. Isso mudou tanto de alguns anos para cá! E eu gosto de assistir ao espetáculo. A indústria cultural treme nas bases. E isso é altamente estimulante.

Criei meu blog Clube do Coração pensando que conseguiria monetizá-lo rapidamente. Mas ele já está prestes a completar um ano e ainda não consegui esse objetivo. No entanto, me sinto cada vez mais solta e livre para fazer as coisas do meu jeito. O problema é que talvez o meu jeito não agrade as massas. E aí, não tem muito o que fazer. A minha única certeza é que nem assim eu vou parar. Tem um impulso interno que me move a escrever e vou continuar a fazer isso até quando as minhas forças vitais o permitirem.

Enquanto isso, vou criando projetos, tendo ideias e sentindo a criatividade fervilhar.

Muito boa esta fase! Obrigada, Deus / Universo! É muito bem me sentir viva.

Quero recomendar a leitura de uma apostila muito bacana, de autoria da Dra. Gudrun Burkhard, médica antroposófica fundadora da Clínica Tobias e da Weleda. Este texto me foi recomendado há mais de 20 anos pelo Cidão, baterista da Traditional Jazz band (a banda foi minha cliente de assessoria de imprensa nos anos 80) e tem me acompanhado no decorrer das várias fases da minha vida. Sempre trazendo uma luz, uma interpretação diferente daquilo que estou vivendo nos diferentes momentos da vida. Tem também um vídeo bacaninha dela (3 minutos) aqui neste link:


Espero que seja útil para quem "caiu" aqui sem querer.


terça-feira, julho 12, 2016

Dinheiro, felicidade, trabalho...

Quem trabalha muito ganha muito dinheiro? Quem trabalha pouco ganha pouco dinheiro? Quem estudou muito ganha muito dinheiro? Quem era bom aluno é um profissional bem remunerado?
Nada disso. O mundo mudou de um jeito que as pessoas da minha geração (tenho 58 anos) estão atônitas, perplexas, sem entender muito bem onde estamos e aonde o futuro nos levará.

Por um lado, há um monte de gente vendendo treinamentos online que prometem mundos e fundos. Principalmente fundos. Você pode se tornar rico "só" aprendendo a usar bem o seu poder interior, a lei da atração, o segredo.... Tá... Mas são eles próprios que estão ficando (muito) ricos!

Aí entra também o lado espiritual... Quem disse que o dinheiro traz a felicidade?? E se o meu propósito de vida for outro?? E se o que eu quero mesmo é "salvar o planeta"? Que nem diz esta moça aqui:



Escreva no Google "como viver sem dinheiro" e aparecerão inúmeras histórias muito interessantes de gente que largou tudo e que se diz muito feliz.

Então....

Eu ando pensando muito nisso... a gente falava, lá no começo dos anos 80, que agora estaríamos trabalhando muito menos, porque as máquinas substituiriam a gente no serviço braçal e coisa e tal... haveria tempo para o delicioso "ócio criativo", mas nada disso é verdade hoje.... 

Até fiz um trabalho na faculdade sobre o Domenico De Masi e suas teorias tão interessantes... Pesquisei bastante mas não consegui descobrir de que ano é a primeira edição do livro dele... Enfim, não importa. O que importa é que quem ainda trabalha com horário e patrão é cada vez mais explorado, isso quando não adoece de tanto trabalhar e de tanta tortura psicológica que há no ambiente corporativo. 

Recentemente, muita gente compartilhou a fábula da formiga que trabalhava feliz e que acaba sendo demitida, por estar desmotivada, no final da triste, verdadeira e longa história. 

Então não sei não, mas acho que estamos no meio de uma transição muito interessante. Pra que dinheiro?? Ou pra que tanto dinheiro?? Nossa, estou em crise.... O que leva ao outro post que compartilhei hoje. E pensar que este link leva a uma página de uma instituição bancária!  

Tá tudo muito louco.... O jeito é escrever no blog, para tentar organizar as ideias em torno deste tema. Minha amiga Monica Miglio e eu temos conversado sobre o trabalho e a felicidade, ultimamente. 

Ele está fazendo um curso online sobre "trabalhar com propósito" e me fez a seguinte pergunta: "O que você faz tão bem, sem grande esforço e à vontade?"

Eu amo escrever. Escrevo sem precisar, sem necessidade, sem esforço. Mas ainda não consegui ganhar dinheiro escrevendo sobre o que eu bem entender, como faço aqui no blog, desde 2003. No entanto, não paro... Continuo a escrever. Escrever para mim é como respirar. É como o coração bater - não dá p/ parar. Mas talvez o que eu escreva aqui não seja assim tão "interessante" para a maioria das pessoas, como são, por exemplo, os livros do Paulo Coelho, de quem eu, particularmente, não gosto. Pode ser despeito, sim, pode ser.... Ele vende milhões de livros, em milhões de línguas e eu só escrevo aqui para três ou quatro pessoas. 

Então é isso: todas as questões têm tantos ângulos e lados que eu só tenho mesmo são incertezas e dúvidas e isso, definitivamente, não dá ibope. E muito menos dinheiro!