segunda-feira, março 13, 2017

La siesta


Eu estava trabalhando com horário e tudo... Naquela época, o que eu mais desejava, depois do almoço, eram 15 minutinhos pra deitar e descansar. Sria um lugar com redes, natureza, e também salinhas fechadas. Pensei até na logomarca da empresa, que se chamaria La Siesta: um mexicano com chapelão, sentado abraçado nas pernas, cochilando. Mas é claro que não fiz nada de concreto. Tenho várias desculpas... a principal: falta de $$ para investir.

Daí, meu filho me chama hoje pra ver uma matéria que estava passando no Jornal Hoje. Lá estava a minha ideia: uma empresa chamada Cochilo. Bacana!

Hoje à tarde, descobri o blog de uma jornalista que está participando do Coletivo de Conteúdo.

No post que li, havia um vídeo com a fala de uma moça chamada Mel Robbins, no TEDx de São Francisco, sobre "Como parar de se ferrar", que tem a ver com a situação que eu descrevi. Quantas ideias não deixamos passar, por, principalmente, muita preguiça de sair da zona de conforto, né??

Amanhã, como ela recomenda, vou me levantar meia hora mais cedo.

E vamo que vamo.

quinta-feira, março 09, 2017

Sessão da tarde


Quando eu trabalhava fora, uma das minhas maiores fantasias e sonhos de consumo era imaginar como seria bom ver a sessão da tarde em casa, refestelada no sofá. Bom, eu saí do meu último emprego em 2015 e nunca tinha me dado esse direito. Porque ao mesmo tempo que me parecia uma coisa muito legal, que tem a ver com o ócio criativo e coisa e tal, também representava pra mim o símbolo da preguiça, o estereótipo do pior lado daquela aposentadoria vazia e "de pijamas" de antigamente.

Mas hoje (me invejem, pessoas que trabalham com horário) eu me larguei na minha poltrona preferida e vi o clássico dos clássicos "A Lagoa Azul" na sessão da tarde, sem medo de ser feliz. É um dos mais reprisados na sessão da tarde e não pode existir diversão mais inocente e descomprometida do que essa. O filme é de 1980 e eu nunca tinha visto, acredita??

Sempre dei ouvidos às críticas que falam que é fantasioso, fake, bobinho, etc. etc, etc... Mas hoje, joguei todas essas análises para o alto e vi o filme todinho, do começo ao fim. Ele é mesmo bobinho, falso, etc... Mas como é lindo aquele casal! Como é linda aquela suposta ilha paradisíaca! Como é fantástica a vida que eles levam ali! Comida farta, sol, mar, o Richard e aquela sua habilidade inacreditável de construir um palacete em plena praia... tudo mais que perfeito.

Eu também gosto de assistir aquele programa Largados e Pelados e o contraste não pode ser mais absoluto. Acho ambos um exagero. Tanto o filminho água com açúcar dos anos 80 quanto o "reality" show de hoje.

Tudo isso me leva a crer que boa mesmo é a minha vida de semi-aposentada de hoje: sem dinheiro na conta, mas esbanjando qualidade de vida. Posso até me dar ao luxo de ver a sessão da tarde de vez em quando!

sábado, março 04, 2017

Meu filho primogênito


Um homem: é emocionante quando a gente constata que o filho cresceu e está prestes a completar 34 anos. Ele me tornou mãe e me deu o meu melhor papel nesta vida, o de mãe. Dar à luz, criar uma vida, isso é fantástico. Se eu não tivesse feito mais nada nesta vida, apenas o fato de ter gerado o meu filho já bastaria para dar significado à minha existência.

Meu bebê, meu menino, meu filho, meu arquiteto número 2 (o pai dele é o número 1). O tempo foi passando e me revelando este homem que eu tenho aqui na minha convivência: um homem sensível, que tem os valores mais preciosos que se pode querer, um homem do bem, um pai incrível e amado, um filho dedicado e amoroso, um irmão com quem se pode contar, um neto carinhoso e atencioso.

Tenho muito orgulho desse meu lindo menino. Lembro dos seus cachinhos dourados, do seu sorriso (não muito constante, mas sempre sincero), do seu primeiro par de óculos de armação vermelha, do sapato de verniz preto, do skate que chegou com toda a parafernália correspondente (joelheira, cotoveleira, capacete). Ele ainda era muito pequeno para ganhar skate. Mas ganhou assim mesmo.

Entendo porque as mães se recusam a enxergar os filhos como homens feitos. Elas sempre se recordam daquele bebê indefeso que dependia delas para tudo. Mas o exercício de enxergar este homem crescido é necessário e saudável. Hoje, na véspera do aniversário dele de 34 anos, me descubro emocionada em registrar a sua trajetória nesta vida. Ele prefere ter poucos e excelentes amigos. Não é de muita conversa. Mas não duvido um pingo do seu bom caráter e do seu amor pela vida e pelas pessoas mais próximas. Me sinto privilegiada e agradeço por poder conviver com ele quase todos os dias e já sinto saudades desse tempo.

Desejo zilhões de felicidades para ele, que ele realize todos os seus desejos e sonhos. Vibro com o seu sucesso e quero que ele seja exageradamente feliz ao lado de quem ele ama. Eu e meu colo estaremos sempre prontos a recebê-lo, toda vez que ele precisar.

I love you, Tom!