terça-feira, dezembro 01, 2015

Um irmão ou uma irmã, por favor


Eu tenho certeza que pedi para vir filha única nesta vida para pagar algum pecado do passado. A falta que eu sinto de um irmão ou uma irmã é algo que dói muito dentro do meu peito, quase todos os dias. Agora, por exemplo, tenho que imprimir etiquetas. Coisa besta, que qualquer irmão mais velho diria assim: "Dá aqui que eu faço pra você!".
Não, não tenho esta pessoa.
Por um lado, é até bom, pois a dificuldade me obriga a aprender as coisas sozinha. Quase sempre eu consigo. Mas dói. Dói bastante.
Agora, acabei de ver um comercial, o mais lindo do Natal. O vovô informa aos filhos e parentes que morreu. Mas ele não morreu, ele quer apenas reunir a família em torno da mesa posta e tudo vira festa. Chorei litros.
Litros, litros...
Nessa época de Natal, muito mais do que em qualquer outra época, eu fico mais emotiva do que nunca. As famílias de margarina me fazem falta. Sinto falta de festa, de mesa cheia, de casa cheia.
Costumo convidar as pessoas para virem me visitar, E elas quase sempre vêm e sempre que vêm me dizem que gostam da minha casa, que ela é acolhedora e tal. Mas nesta época de Natal, eu tenho vontade de fugir para bem longe. Minha casa é grande, o que acentua a falta de gente circulando por aqui.
Sei que não há culpados.
Mas dói.
Se a intenção era me ensinar alguma lição com esta vida aqui, o Destino conseguiu.
Também tem o fato de a minha filha estar longe, bem longe de mim desde agosto.
Um pai que mora em uma outra cidade.
A mãe em outro bairro.
É tudo longe, distante, complicado.
Às vezes, tudo o que a gente mais deseja é um monte de gente ao redor de uma mesa bonita, festejando a vida.
Mas como é difícil que esses momentos aconteçam e, mais ainda, que aconteçam em plena harmonia!
Tudo o que a gente deseja é paz e amor.
Por que tem que ser tão difícil?

quarta-feira, novembro 25, 2015

Convite


O farol

Alguns chamam de semáforo, outros de sinaleira. Mas aqui, no primoroso texto da minha amiga Luciana Praxedes, é farol mesmo. Tenho o privilégio de sempre ler antes esses seus textos sensíveis, inspirados. Sou fã.
Aproveite você também....

O farol

Em apenas um intervalo de 30 segundos, entre o farol vermelho e o verde, ela percebe que aquele moço, de camisa xadrez e olhar perdido, não é mais o mesmo. Talvez a sombra, quase apagada, de alguém que um dia fez parte da sua vida, que um dia amou. Não era a mesma pessoa que explorou seu corpo, que dividiu o cobertor, que fez parte da sua história como personagem principal.

Parada no sinal, ela nem pensa em buzinar e oferecer uma carona. Não precisa cumprir o manual da boa educação. Não quer iniciar uma conversa, que parecerá tão distante, aprisionada nas fotografias daqueles dias claros de verão. Foi por aquele alguém que ela aprendeu a cozinhar, a fazer omelete de legumes e bolo de fubá. Era a voz, a boca daquele moço que emitia todos os sons mais urgentes, espécie de hino hipnotizante.

Depois de infinitos desejos de boa noite ao pé do ouvido, de sussurros e descobertas, ele não tinha mais nome, sexo ou cheiro. Era apenas um anônimo, com sua camisa xadrez desbotada, memória longínqua de um amor que existiu, que quase a absorveu, que transbordava pelos poros, gestos, olhos e movimentos. Não era o mesmo moço que a fazia perder o fôlego, que fazia seu mundo girar em uma ciranda sem fim.

Ele não era mais ele. Ela também não era mais ela. Começa a tocar no rádio a música que um dia amou, mas que agora é indiferente. Apenas uma canção qualquer, sem rimas ou versos. O sinal fica verde e ela vai embora. Sem olhar para os lados.

Luciana Praxedes

(Novembro de 2015)

quinta-feira, novembro 19, 2015

Oração ao Deus Tempo

Senhor Todo Poderoso TEMPO!

Eu me rendo ao seu poder soberano sobre a minha vida.
Admito que sou fraca e impotente perante o seu poder.
Agradeço pelos 57 anos que o Senhor me concedeu até aqui no Planeta Terra, com toda a humildade.
Mas PEÇO, por amor a Humanidade e à minha modesta pessoa, que me conceda a Habilidade de Bem Administrar o meu Tempo!
O meu tempo... preciso do Meu Tempo!
Imaginei que meu tempo seria outro, depois de junho, com meu grito de Liberdade. Ledo engano.
Você, Tempo Absoluto, consome meus minutos, como a água que escorre entre meus dedos.
E eu deixo os Ladrões de Tempo me assaltarem, perdendo o meu foco e a minha concentração.
Peço desculpas a você, Deus Tempo todo-poderoso, por deixar que o Facebook, o e-mail, o WhatsApp e a TV (sem falar nos trabalhos domésticos infinitos e indispensáveis) consumam meus minutos e minhas horas.
Me ajude, Deus Tempo, eu te suplico.
A ser uma pessoa consciente do seu poder sobre a minha vida e a entender definitivamente como devo lidar com você.
Me ajude a priorizar e a usar a sabedoria para lidar com a minha interminável e centopeica lista de tarefas.
Me ajude, Deus Tempo, a dizer "NÃO"! Principalmente para mim mesma.

Pela atenção e pelo seu TEMPO, obrigada!

Silvia
(9h34, dia nublado, mas quente).
 

quarta-feira, novembro 11, 2015

Não aceitamos devolução



Não se pode desejar o que um dia, espontaneamente, foi entregue. Cartões, poemas, amores, detalhes, uma tarde. Dos castanhos dos meus olhos até o lado mais confuso das minhas ideias, tudo foi dado a você.

Como irá se lembrar de mim? Não sei... Nem queria ter me despedido. Minha vontade era ser você e eu, eu e você. Não foi preciso um céu estrelado, uma tarde com céu azul para lhe dar tudo. Foi em um minuto, em um singelo beijo.

Dos detalhes seus dados a mim, faço o que o coração mandar. Por vezes, choro ou até escondo qualquer lembrança. Mas como esquecer o primeiro tocar de lábios? Em qual gaveta devo trancá-lo?

Um dia, talvez, espero não lembrar os traços do seu rosto, o gosto da sua boca, o som da sua risada. Sentirei que algo aconteceu. Você permanecerá na minha memória, distante.

Mas, a verdade é que não pretendo esquecer. Amores que não querem ser lembrados nem são contados, tampouco escritos. E se um dia você não mais se lembrar de mim, se eu desaparecer naquele blues, em novos beijos, no silêncio sussurrado do seu quarto, em outros sexos, ainda sim estarei aqui. Nesta história.

Luciana Praxedes

(19 de abril de 2011)

sábado, novembro 07, 2015

Início de carreira

 


Fico impressionada como tudo, absolutamente tudo, está no Google.

Achei agora uma matéria que escrevi para a revista Música, quando eu ainda estava na faculdade e achava então que seria uma jornalista. Talvez desta área de "variedades" - era assim que se chamava. Lá tem até uma crítica de disco que eu escrevi. Fantástico.... e eu nem me lembro mais do nome da editora que me passava esses frilas.

As matérias são do longínquo ano de 1980.

Gostei de reencontrar esses textos.

Obrigada ao blog Velhidade.  

quinta-feira, novembro 05, 2015

A lenta morte da abelha



Entrou uma abelha aqui na minha sala e eu não queria matá-la. Fiquei esperando ela sair pela janela por onde entrou. Ela não saiu. Pousou ao lado da garrafa d'água. Ficou fácil colocar a garrafa em cima dela. O barulho cessou e eu pude voltar a trabalhar Mas não paro de pensar nela. Morte lenta e gradual. Coitada. Tô com pena dela e admirada com a minha crueldade. Pelo menos confessei meu crime.

quarta-feira, novembro 04, 2015

A gaveta

A partir de hoje, o Consulta Sentimental passa a publicar também alguns textos brilhantes e transbordantes de emoção pura da minha amiga, jornalista e advogada Luciana Praxedes. Como sempre gostei muito de ouvir as histórias que ela sabe contar como ninguém, no curto tempo em que trabalhamos juntas, decidi convidá-la para ser colaboradora aqui no blog.

Ela hesitou durante algum tempo, mas acabou aceitando o convite.

Enviou alguns textos tão sensíveis e delicados que me emocionaram e eu sei que emocionarão quem chegar até aqui.

Deixe um comentário com a sua opinião sobre esta nova faceta do blog Consulta Sentimental.

A Gaveta

Ela resolveu mudar os móveis de lugar, pintar as paredes. É ano novo, faz sentido. Na arrumação, logo na primeira gaveta da velha cômoda encontra uma dobradura e a letra de duas músicas, não canções insignificantes, mas a trilha sonora de uma história. A sua história.

Percebeu o óbvio: não é de um dia para o outro que se tira alguém da nossa vida. Ela concluiu que fácil é esconder, colocar na gaveta, mas abri-la é como um tapa no rosto, um murro no boca do estômago.

Foi ela que decidiu, que chorou e, corajosa, colocou um ponto-final. Mas não sabia que o fim, o de verdade, só acontece depois do primeiro fim. É quando se chega em casa, no vazio, para juntar as lembranças que insistem em permanecer. O porta-retrato, as roupas no canto do quarto, o travesseiro com aquele cheiro.

Ela desconhecia que se separar de alguém também é reencontrar pequenos momentos: uma mensagem no celular, um bilhetinho na carteira. O fim também é saudade, é cotidiano, que às vezes se camufla de alegria e conforto para que possamos “abrir as gavetas” e seguir em frente.

Luciana Praxedes
06 de janeiro de 2011 

sexta-feira, outubro 30, 2015

Carta para Larissa



Querida Larissa,

Sei que hoje você pode não acreditar no que eu vou te dizer. Mas você pode ter certeza disso: você está fazendo um bom trabalho como mãe. Bom, não, mas sim ótimo!
Você é uma mãe dedicada, que se preocupa com o caráter que seus filhos terão no futuro, quando forem adultos.
E isso vale muito.
É algo que não se mensura, algo subjetivo. Mas que quando o tempo passar, você vai olhar pra trás e ver que sim, você fez um excelente trabalho.
Tenho certeza que seus meninos ainda vão te orgulhar.
Eles vão crescer, vão amadurecer, vão enxergar tudo o que você fez e faz por eles.
Vão se arrepender dos erros que cometeram.
Mas você precisa dar um desconto, agora.... eles ainda são imaturos.
São como frutas ainda "verdes" que não podem ser colhidas do pé.
Eles estão na fase de testar os seus limites.
Eles vão até onde acham que conseguem, como se estivessem esticando um elástico até ele se quebrar. Ou enchendo uma bexiga ate ela estourar.
Sinceramente? Não acredito que as ações intempestivas farão algum efeito.
Mas você pode ter certeza que seus filhos estão atentos, sim, a cada ato seu, a cada palavra sua.
Tudo isso será processado internamente e terá um efeito, positivo, tenho certeza, daqui a alguns anos.

O fato de eu ter mais idade que você não me credencia a nada. Também tenho dúvidas (muitas) e também não sei qual a melhor maneira de agor e muito menos de sentir. Cada um sabe a dor e a delícia de ser quem se é... parafraseando o poeta... Mas eu vivi mais anos, sim.... E tenho a felicidade de constatar hoje, que eu pensava e sentia exatamente como você hoje, no passado não tão distante...

Tinha dúvidas de quem viriam a ser esses meus filhos, que, de repente, se tornaram uns perfeitos desconhecidos, com atitudes estranhas, egoístas, nada a ver com a educação que a gente pretendia dar a eles....

Pois é.... Mas meu filho aos 24 anos (mesma idade em que eu mesma me tornei mãe) se tornou o pai da Helena - e assumiu a filha 100%. Ele é um paizão, presente, preocupado com a filha dele de um jeito que me enche de orgulho.

Minha filha já é diferente. Antigamente iam dizer que ela tem "bicho carpinteiro" e só os antigos entenderão esta expressão. Ela quer conhecer o mundo, tem rodinhas nos pés e provavelmente já conhece mais países do que eu. Ainda não fiz as contas. Mas com a minha idade, certamente ela terá conhecido pelo menos o dobro de países. Ele também me enche de orgulho. Vai trabalhar em Calais nas férias, em um campo para refugiados. Ela se importa com os menos favorecidos, E eu acho isso lindo!

Não to falando isso pra me exibir, mas eu sinceramente queria que você se lembrasse desta carta daqui a uns... digamos 10 anos. Tenho certeza absoluta que você também terá motivos para se orgulhar dos seus dois então rapazes.

Ah, sim.... pra finalizar, segue a minha dica: peça ajuda ao Plano Espiritual, para iluminar a mente e o coração dos seus pequenos.

Um beijo, com carinho,

Silvia

quarta-feira, setembro 23, 2015

Querido dinheiro


Querido Dinheiro,

Tivemos várias fases no nosso relacionamento ao longo da vida. Quando eu era menina, você nunca faltou. Minha família vivia numa casa confortável, eu estudava em um colégio particular e minha mãe até ganhava joias nas ocasiões mais especiais. Estava tudo bem. Mas muitas ideias me foram inculcadas pela família, como “dinheiro é sujo”, “precisa se esforçar muito para ganhar dinheiro”, “precisa economizar para os casos de necessidade”, “precisa pensar na aposentadoria e no dia de amanhã”, “o importante é ensinar a pescar e não dar o peixe”, etc...

Cada uma dessas ideias preconcebidas e desses preconceitos arraigados na mente e no coração tiveram de ser desconstruídos ao longo da minha vida, para que o meu relacionamento com você, Dinheiro, fosse ganhando outros contornos. Esses contornos sempre foram definidos por mim, uma mulher que sempre se achou inteligente (era boa aluna e não precisava me esforçar muito para ganhar boas notas). Mas sempre fui péssima com números. E dinheiro é número. Dinheiro é matemática. Outro ponto frágil na nossa relação.

Eu sempre pensei que, como era tão fácil ganhar boas notas na escola, seria igualmente fácil que eu tivesse um bom emprego (sinônimo de um bom salário). Mas não foi isso que a vida me apresentou.

Fui obrigada a fazer uma escolha: profissão ou família? E eu escolhi a família. Dessa escolha, eu nunca tive dúvidas. Automaticamente, você ficou em segundo plano, Dinheiro. Sempre achei que dinheiro não compra a felicidade. E priorizei a felicidade, os valores espirituais mais elevados e o antimaterialismo.

Aqui entram todas aquelas coisas da Bíblia: “é mais fácil um camelo passar por uma agulha do que um rico entrar no reino dos Céus”, “doe todos os seus bens e me siga”, e por aí vai... Estudei durante onze anos em um colégio de freiras franciscanas, veja bem, Dinheiro...

Mas eis que a vida dá voltas e mais voltas. E consegui enxergar que existe sim um valor em você, Dinheiro. Pois descobri você pode me proporcionar não coisas (que de verdade eu não valorizo tanto), mas experiências – como viajar, por exemplo.

Eu e o meu marido sempre misturamos muito os nossos dinheiros. Construir uma família representou unirmos nossos dinheiros em torno desse objetivo comum. Toda a vida foi assim. Nunca houve uma briga por você, Dinheiro (só por outras coisas).

Agora, meu marido está bem de Dinheiro, porque meu filho teve uma ideia de negócio que fez com que ambos prosperassem. Ótimo! Mas ainda assim, eu quero ganhar meu próprio Dinheiro, pois o Dinheiro me permite fazer escolhas, me dá Liberdade, e eu quero ser uma microempresária bem-sucedida.

Hoje, sou uma fadinha que realiza um único desejo das pessoas: o de lançar um livro. Muita gente sonha com isso, E eu sei como fazer. E fico muito feliz por poder ajudar. Mas você, Dinheiro, está envolvido na realização desse sonho das pessoas.

Por outro lado ainda (de quantos lados estamos falando aqui, hein??), a economia mundial está desmoronando. O emprego formal está morrendo. Hoje se fala em financiamento coletivo, em economia criativa, em receber por projetos. E eu estou nessa!! Quero encontrar formas legais e bacanas de ganhar dinheiro. Como disse a artista Amanda Palmer, no TED, não se trata de perguntar como tirar dinheiro das pessoas, mas de como permitir que elas nos deem dinheiro. (clique no link quando você tiver 18 minutos para se surpreender com o que ela fala). 

Vamos permitir, vamos aprender a receber. O Universo está prontinho para nos atender. Por isso, Dinheiro, hoje eu faço as pazes com você. Eu associo você a palavras como abundância e prosperidade. Não vou mais me sentir culpada, caso você queira fluir também aqui perto de mim. Entendo que você é a moeda corrente, precisa correr, precisa seguir esse fluxo – afinal, você, Dinheiro, nada mais é do que uma energia criativa, que pode ser usada de acordo com o que se passa na alma de cada um. E eu sei que minha alma é boa e que quer manifestar, por seu intermédio, Dinheiro, apenas um desejo para a nossa sofrida Humanidade: o desejo de Paz e Amor.


Assim seja! 

domingo, setembro 06, 2015

Eu sempre soube...



Não desde o dia em que ela nasceu, mas certamente desde o dia em que ela decidiu não dormir mais no berço. No dia em que ela decidiu (com gestos, já que ainda não falava tão bem) que não ia mais usar fralda noturna. E no dia em que ela, do alto dos seus dois anos de idade, resolveu dormir na casa de uma amiga minha, com quem pouco convivia. Ela sempre foi assim. Teve também aquele dia (inesquecível) em que ela me pediu para ser filha da professora de desenho.
Enfim... minha filha é assim. Metade mulher, metade cavalo: ela é de sagitário. Não tem sutileza. Não tem papas na língua. Quer abraçar o mundo, sorver a liberdade, se jogar. E o dia chegou. Ela já foi para o Canadá sozinha com 17 anos, estudar inglês e depois francês.
Para a Europa já foi várias vezes. E fazer trabalho voluntário na África. Minha conquistadora provavelmente conhece mais países do que eu tive a oportunidade de conhecer. Certamente conhece muito mais países do que eu conhecia quando tinha a idade dela. Minha primeira viagem internacional só aconteceu quando eu já tinha sido mãe, ou seja, nossas aventuras são outras. Mas eu tenho um enorme orgulho de ser a sua mãe.
Desta vez é um pouco diferente. Vai ser duro aguentar o quarto dela arrumadinho durante seis longos meses, que é o tempo previsto desta viagem. É duro ver que ela não precisa de mim. É dificílimo o meu coração entender que a gente cria os filhos para o mundo. Minha cabeça até entende. Mas o coração... Esse fica apertadinho, as saudades são espinhos que ficam furando e cortando o coração de mãe. Isso porque se passaram apenas duas semanas.
Só peço a Deus que a proteja, que ela ouça a sua própria consciência e que só faça escolhas certas. Que cresça, que se divirta, que aprenda e que volte pro meu abraço apertado.
Amo mais do que o oceano Atlântico que nos separa.
Vibro pela sua felicidade neste mundo.
Pelo seu sucesso, pela sua realização.
Nosso sonho, o de mandá-la estudar fora, finalmente se concretizou. Mas dói, viu?? Como dói.... Também peço a Deus que me dê forças e coragem.

quarta-feira, julho 29, 2015

O perfume do manacá...


... o canto dos passarinhos.

Minha atenção se volta para os detalhes. Minha nova vida pulsa aqui no meu lindo novo escritório. A conexão com os mais profundos desejos da minha Alma é forte e clara. Evidentemente, estou feliz. A felicidade que a maturidade traz. Tenho rugas no rosto e cabelos brancos na cabeça. Mas andei na praça assim mesmo e suei a camisa. Tomei banho e aqui estou. Prontinha para o trabalho, para o que der e vier. E a Fé em Deus e nos seus desígnios é tão forte e tão grande que me sinto quase que invencível.

Nesta semana, o médico Marcus Vinícius descobriu que tenho nódulos de gordura no fígado e fiquei bem baqueada, e preocupada com isso. Carambolas... eu tenho feito dieta, tenho me exercitado e tal... e ainda assim vem essa história de gordura no fígado??

Bom, estive ontem na cardiologista, ela me pediu para consultar um gastro. E lá vamos nós, cuidar da saúde. Minha vida precisa de mim bem boa e saudável para dar início aos meus projetos.

Meu caso já vai virar um post no meu futuro blog de saúde: o Clube do Coração, que será lançado no dia 22 de agosto.

O que um ultrassom do abdome total tem a ver com uma consulta à cardiologista, né?? Pois é. Tem. Vamos intensificar os cuidados com a alimentação e a atividade física e bora lá. Que o dia é longo. E a semana tá só na metade.


quinta-feira, julho 23, 2015

Pra começar bem o dia...


... nada como uma boa conexão com o espiritual!

Eu não sei porque, mas decorei, sem esforço algum, uma oração linda, a famosa Oração do Amanhecer. Hoje em dia o "decorar" não é valorizado. Virou "decoreba" e se fala desta palavra com desdém. Mas "decorar" é saber com o coração. Não é tão ruim assim. Esta oração não é só dos católicos, não. É muito bonita e eu me lembrei dela hoje, É assim:

Senhor,
no silêncio deste dia que amanhece,
venho pedir-te a paz,
a sabedoria, a força.
Quero olhar hoje o mundo
com olhos cheios de amor,
Ser paciente, compreensiva,
mansa e prudente,
ver alem das aparências teus filhos
como tu mesmo os vês e, assim,
não ver senão o bem em cada um.
Fecha meus ouvidos a toda calúnia.
Guarda minha língua de toda maldade.
Que só de bênçãos se encha meu espírito,
Que eu seja tão bondosa e alegre
que todos quantos se achegarem a mim
sintam a Tua presença.
Reveste-me de Tua beleza, Senhor,
e que, no decurso desse dia,
eu te revele a todos.

Não é linda?? É tudo o que eu quero para hoje. Tá bom demais.

Bom dia a todos os que chegarem por aqui! (ou boa tarde, ou boa noite)


segunda-feira, junho 29, 2015

Clube de leitura


Agora vou ter tempo de voltar ao clube de leitura. Ah! Que maravilha!!! Esta é apenas uma das múltiplas vantagens da minha nova vida. Estou tão empolgada que hoje quando a minha gerente me disse que amanhã será mesmo meu último dia eu levantei e fui dar um abraço nela.

O sabor da liberdade, de ser dona do meu tempo, dos meus minutos, minhas horas, minhas semanas, meus meses, não tem preço; Mesmo.

Vou poder marcar encontros com as amigas. Ler os livros que eu quiser, quando eu quiser. Fazer planos e colocá-los em prática. Não ficar mais em dívida com quem quer que seja. Vou poder criar projetos de literatura infantil. Quero também criar um novo blog e uma página no Face sobre boas notícias e bem-estar, qualidade de vida, essas coisas, É um período muito bacana e estimulante da minha vida que vai se iniciar agora. Vou integrar todos os meus interesses, vontades e talentos pela primeira vez na minha vida. Vou ser uma única pessoa, Coerente, produtiva, animada, feliz, leve, Dando valor às verdadeiras coisas que merecem ser valorizadas na vida. Não caibo em mim de tão contente.

Eu sei (sempre soube) que meu verdadeiro e maior talento diz respeito às "palavras", à maneira de costurá-las e construí-las para criar novos significados. Quero ensinar mais gente a fazer isso. Estou feliz. Muito feliz.

Também quero falar sobre o filme lindinho "O Clube de Leitura de Jane Austen", de 2007, mas que vi só ontem. Ami o filme. Vou ler todos os livros de Jane Austen e vou ver de novo. Embora você não tenha que ter lido todos os livros dela para se comover com o filme. É um belo filme romântico, do jeito que eu gosto.

No sábado, meu filho me deu uma ideia de um livro que também vou querer escrever. Vou precisar organizar meu tempo muito bem organizado para dar conta de tudo o que eu quero fazer.

E vamo que vamo.

quarta-feira, junho 24, 2015

Nova identidade


Preciso fazer um novo RG, preciso de uma nova identidade. Preciso me dedicar aos meus projetos de vida, preciso encontrar uma motivação diferente para me levantar da cama todas as manhãs e agradecer ao Criador pela oportunidade desta Vida.

Também preciso dizer às pessoas que não desistam dos seus sonhos. Que corram atrás de realizar aquilo que a Alma delas mais almeja. Que não se deixem anestesiar pelo cotidiano. Está na hora de ir. Chegou a hora, o momento exato.

terça-feira, junho 23, 2015

Perdi meu RG


Hoje em dia, o CPF é mais importante do que a carteira de identidade. Sinal dos tempos, do que a sociedade mais valoriza... Ou seja, a contribuição para o governo e não quem a pessoa de verdade é.

Mas o fato é que eu perdi o meu RG e isso tem um profundo significado neste momento da minha vida adulta. Estou prestes a iniciar um novo ciclo na minha vida profissional e estou muito empolgada com isso,

Nesta nova fase, haverá uma integração profunda de todos os meus "eus", o que, para uma geminiana da gema, como eu, faz toda a diferença.
Palavras. Criatividade. Catarse. Identidades: Filha. Mãe. Avó. Esposa. Dona de Casa. Meia psicóloga, Jornalista, Assessora de imprensa. Trabalhadora espiritual. Diretora do clube. Editora de revista espírita. Praticante de zumba. Nadadora amadora. Mosaicista incerta, etc, etc, etc.

Estou muito empolgada em, finalmente, aos 57 anos, integrar tudo isso. Deve ser coisa de ano que termina em 5. A numerologia explica. A astrologia também. Novos horizontes, novos propósitos de vida, novos objetivos, novas perspectivas. Por isso, preciso de um novo RG!


quarta-feira, junho 17, 2015

Mato ou não mato o blog?


Recebi agora um conselho de uma amiga para eliminar da minha vida o que me consome. Será que a gente consegue eliminar da vida tudo o que nos consome? Tenho minhas dúvidas. Mas a busca pela felicidade veio como uma marca registrada como que impressa por Deus? pelo Universo? em todos nós.
Este blog aqui não me consome. Ao contrário, é meu refúgio. Sei que pouca gente vem aqui ler o que eu escrevo e quer saber? Prefiro assim. Pois assim eu me re-conecto ao meu diário de chavinha que mantive nos anos 60/70. Sim, sou velha. Mas não morri. E eu sei disso porque continuo a ser uma pessoa inquieta, que ama aprender coisas novas, e que procura também se conectar ao seu tempo, seu aqui-agora.
Não sei se isso é bom ou não.
Mas eu sou desse jeito.
Sou o diário com chavinha do passado, mas estou no Facebook desde o comecinho, quando ninguém sabia direito o que era aquilo e onde ia dar.
Amo a tecnologia e tudo que inventam de novo.
Acho que é pelo caminho da tecnologia que vamos crescer, nós, a Humanidade, rumo à Angelitude. Longo e penoso caminho, em que o certo e o errado nos desafiam, nos instigam e nos confundem. Não é certo buscar o prazer e a felicidade? Sim, mas a qual custo?
Ser idoso nem sempre é sinônimo de ser sábio.
Este meu blog está idoso. Ele tem mais de 10 anos o que, em se tratando de Internet, é muito, muito, muitoooo tempo.
Outra amiga perguntou hj de manhã qual é a dos blogs, se alguém ainda lê blogs. E a imensa maioria diz que não. Ainda bem, dessa forma permaneço feliz, no meu anonimato.
E a imagem da vilã da novela que ilustra este post (publicada por outra amiga) também foi bem bacana e tem tudo a ver com o que eu quero expressar no dia de hoje.
Conclusão: não, não devo matar este blog, ainda. Embora eu tenha conseguido apagar quatro dos meus blogs que já não faziam sentido e me sinto feliz, leve, renovada. Free!!

sexta-feira, junho 12, 2015

Namorados - o dia


Aqui em SP, o dia amanheceu nublado. Do jeito que eu prefiro.
No Facebook, os posts se dividem em dois grupos bem distintos: os que têm namorados/as (felizes e contentes em exibir a sua relação na mais popular rede de todos os tempos) e os que não têm (infelizes, chorando, devorando um bolo de chocolate inteirinho, se descabelando, ou sendo irônicos ou indiferentes, ou se defendendo de alguma forma).
Mas acontece que o mundo não se divide nesses dois grupos e os contornos nem sempre são tão claros e nítidos. Porque (entreouvi uma conversa na calçada na hora do almoço) tem os moços que mentem para as quase namoradas que vão trabalhar até mais tarde. Tem as moças que estão de olho no namorado da outra. Tem quem trai, quem se arrepende, quem ignora a data (é apenas "comercial", se enganam), E também tem os namorados que se acabam nas filas dos restaurantes supostamente mais românticos. Ou que brigam, discutem, esquecem de comprar o presente.
Ou seja, tem de tudo. Ter namorado/a não significa automaticamente que a pessoa esteja absolutamente feliz. Mesmo porque ninguém é absolutamente feliz neste planeta Terra, ainda.
Eu não acho que precisa ficar exibindo a sua felicidade na rede, mesmo porque quem é feliz (ainda que em uma dose moderada) não precisa desse suporte dos "likes" alheios.
Bom, a conclusão disso tudo é que uma pessoa que hoje vai passar a noite com uma caneca de chocolate quente debaixo de uma manta, vendo TV (o programa que pode ser mais feliz do que aquele casal que foi jantar junto, mas discutiu durante o trajeto e dormiu brigado, porque tinha uma fila gigante no restaurante escolhido e eles tiveram que se contentar com a pizza da esquina.
Junto ou separado, feliz Dia dos Namorados pra você.

quarta-feira, junho 03, 2015

Sabe aquela pessoa??


Hoje eu quero falar sobre uma ideia que desenvolvi há algum tempo e que pode ajudar quem está em busca de um amor. Quem acredita naquele verso da canção "é impossível ser feliz sozinho" e está em busca de uma pessoa em especial para preencher o coração deveria pegar o seu velho caderninho de telefones (será que alguém ainda tem isso), ou mesmo escarafunchar a memória. Pode ser que esta pessoa especial esteja lá no passado.
Digo isso porque conheço vários casais muito felizes (MUITO) cuja história de amor tem raízes lá no passado. Assim de memória, posso me lembrar da Ana Claudia e do Milton, da Roberta e do Rodolpho, da Rosita e do Edu (não vou dar os sobrenomes para não expor as pessoas, mas tenho certeza que eles concordariam comigo). Acho que são três exemplos muito interessantes. Todos se conheceram no passado, estavam em momentos diferentes da vida e, "por acaso" se reencontraram agora e se deram a chance de viver um belo amor.
Já falei aqui que aquela história da metade da laranja é besteira pura. Outra história babaca é a dos "sininhos" que tocam quando você encontra aquela pessoa especial. Tudo invenção das comédias românticas norte-americanas (que, by the way, eu adoro).
Outra coisa que as pessoas precisam entender: não existe apenas uma pessoa certa, "a" pessoa. A única constante na vida é a mudança. Tudo muda, todos mudam, e, portanto, tudo é possível.

Então... sabe aquela pessoa? Aquela da qual você sempre se lembra e não sabe o que aconteceu na vida dele (ou dela). Por que não procurar saber?? Por que não ligar, ou procurar no Facebook? Ou perguntar a amigos em comum? Pode ser que ela (ou ele) também esteja lembrando de você agora, neste exato momento. Vamos dar uma chance ao amor?? Que tal?

Para "fechar" este post, queria registrar aqui no blog que amei a corajosa propaganda do Boticário. Eu já simpatizava com a marca, e agora, mais ainda. Como dizia o poeta: "qualquer maneira de amor vale a pena"!

sexta-feira, abril 17, 2015

A minha história


Sou Vigilante do Peso há algum tempo/anos. Comecei, parei, comecei de novo, parei, comecei pela terceira vez e não parei. Engordei todas as vezes em que parei. Já teria dado tempo de atingir a minha meta, mas tem algumas pedras no meu caminho (assim como em todos os caminhos). Sei que a pedra principal está dentro da minha cabeça.

Tenho mil desculpas: a cirurgia do Gui, a reforma da casa (que ainda não acabou, grrrrr), a parada total e absoluta das atividades físicas... a dor no ombro/braço, a minha mãe, que ficou doente no Carnaval, a Biba, que vai viajar, os problemas no trabalho e até no trabalho voluntário, os milhões de atividades a que me propus neste ano - tem coisa demais na minha agenda. Ou seja, a lista é gorda. E e fico gorda em solidariedade à lista.

O fato de estar em uma fase especialmente feliz da minha vida também atrapalha, por incrível que pareça. Porque assim tem muitas comemorações - COME-morações.

Mas não, alguma coisa tem que acontecer de diferente nesta semana. Hoje, a orientadora Adela falou uma coisa muito importante: "eu posso, eu acredito, eu mereço". Essa frase - na verdade são 3 frases, mas funcionam muito bem assim unidas - serão meu mantra de hoje até a próxima sexta, para que eu me mantenha firme no meu objetivo.

Outra coisa muito legal que aconteceu na reunião de hoje: eu me dei conta de que estou parada desde o dia 31 de janeiro, quando eu estava com 68,8 quilos (agora estou com 68,5 desde a semana passada). Baixar dos 70 foi difícil / fácil. Mas depois que eu baixei, estacionei. Talvez seja porque eu acho que já tá bom, inconscientemente. Tem gente que chega ao meu peso depois de perder 30, 40 quilos e acha que tá ótimo.

Mas hoje, de novo, na reunião, tivemos o depoimento de uma associada que ainda não tá no peso ideal, mas continua na luta, dizendo que a gente tem que se comparar com quem tá melhor do que a gente, e não com quem tá pior. São esses insights que nos movem (eu e as pessoas que querem emagrecer).

Teve ainda a parte do pacote de arroz de cinco quilos, para que as pessoas se conscientizassem de quantos quilos extras elas estavam carregando - as que eliminaram este peso extra das suas vidas, entre as quais eu me incluo.

E, finalmente, no caderninho, havia algumas perguntas bacanas que eram para ser feitas não a mim agora, mas à Silvia do futuro, que conseguiu atingir a meta:
1) Como você se sentia antes de aderir ao Vigilantes do Peso?
Tem algumas palavras de sugestões. Eu escolhi: infeliz, não saudável, confusa, frustrada e fora de controle (e feia, que não estava na listinha).

2) O que fez você acreditar que podia mudar?
O começo da perda de peso, quando percebi que estava tudo ao meu alcance. Que eu podia nadar, fazer aulas de treinamento funcional, que bastava que eu quisesse. (A dor no ombro foi no sentido oposto, me fez ter vontade de desistir).

3) Como você se sentiu ao atingir a sua meta?
(eles também sugerem uma lista de palavras e eu escolhi quase todas)
Bem-sucedida, aliviada, triunfante, com experiência, saudável, invencível, eufórica, grata, sábia, transformada, motivada e esperançosa (e acrescentei: bonita!)

4) (esta pergunta é muito importante): Como você pode garantir que sua relação com a comida mudou para sempre??
Ao me tornar uma pessoa mais magra, descobri que tenho o poder de mudar todas as situações desagradáveis que me incomodam na vida, não somente o fato de estar acima do peso. Cada um de nós tem dentro de si uma semente capaz de florescer e de nos mostrar que somos pessoas importantes e interessantes sim, e que temos direito a toda a felicidade deste mundo! Eu quero. Eu me permito. Eu posso. Eu acredito. Eu mereço".

quinta-feira, março 19, 2015

Reforma

Eu trabalho há anos em um centro espírita. Há anos ouço falar em "reforma íntima". Porém, esta é uma reforma que leva uma vida e a gente não consegue concluir. Haja virtudes para cultivar e defeitos para extirpar... Mas tudo bem, ainda bem que o tempo é fatiado em dias, cada dia é uma nova oportunidade de apertar um parafuso aqui, dar uma mão de tinta ali... e assim vai.

O problema é a reforma na minha casa. É uma reforma de nada. Uma cor em uma parede do quarto, pintar metade da escada de uma cor escura, os degraus coloridos, envernizar portas e janelas, trocar algumas tomadas... e daí, já viu né?? O famoso "Jaque" ataca: já que vai mexer em um quarto, vamos aproveitar para... e aí começa a lista interminável de consertinhos maiores e menores. E o pai da minha amiga que é o responsável pela obra descobre que os cupins comeram toda a madeira da janela... em seguida, começa a vazar o tanque, que não estava vazando antes de a reforma começar... e daí vai.

Eu saio de casa e percebo que esqueci dos brincos (eu tenho cabelo curto, não dá pra não usar brinco). E também de passar perfume. E também de trazer a granola. A confusão no ambiente doméstico acaba se refletindo no meu ambiente interior. Tá vendo a relação com a reforma íntima do começo do texto? Eu ando irritada, confusa, atrapalhada, esquecida. Tudo "culpa" da reforma. Ou seria minha culpa, por não conseguir me situar no meu espaço?

Eu vou ter que ter mais paciência do que o habitual e mais tolerância p/ não ser muito chata com as pessoas próximas nessa situação. Por que a gente sempre relaxa e acha que pode mostrar o nosso pior lado para as pessoas próximas, né??

Mas que a casa vai ficar linda, quando tudo tiver terminado, isso vai!

quarta-feira, março 11, 2015

A metade da laranja


Não. Tire imediatamente esta ideia estúpida da sua cabeça. Você é não é metade de coisa alguma. Você é uma mulher completa e inteira. Você tem dentro de você a centelha divina - eu interpreto como a Vida, a Consciência, aquela vozinha interior que te mostra o caminho, que te diz o que é certo e o que é errado, com muita clareza. Basta a gente silenciar a gritaria interior / exterior e ouvir, prestar atenção.

Embora estejamos em um mundo em evolução, não temos o direito de nos entregar à tristeza ou à infelicidade. Não! Nossa tarefa aqui neste Planeta é buscarmos a nossa felicidade plena. E quem "joga" essa responsabilidade nas costas de quem quer que seja vai se dar mal. Muito mal.

Nós temos a obrigação de procurar pessoas que nos fazem bem, que nos fazem rir, que elevam a nossa alma. Nós também precisamos daquelas pessoas dispostas a ouvir os nossos problemas e a dar palpites para o nosso bem. Pessoas que nos amam.

Ilude-se quem acha que é possível ser feliz sozinho. Não somos ilhas. Somos seres humanos INTEIROS que precisamos sim uns dos outros.

Qualquer maneira de amor vale a pena. TODAS as maneiras de amor valem a pena. Aliás, é isso o que viemos fazer aqui: amar; a mãe, o pai, o irmão, o colega de trabalho, o vizinho, o leiteiro, o pedreiro, os governantes do nosso país, os bandidos, aqueles que erram e que se arrependem. Ou aqueles que erram e não se arrependem. Todos merecem amor, piedade, perdão (mesmo que não peçam perdão).

Consequentemente, seremos amados de volta. Quando a gente entra em sintonia com essa corrente do bem, tudo passa a fluir na nossa vida.

Hoje, eu vim para o trabalho agradecendo (a Deus, ao Universo, tanto faz). Agradecendo pelo azul do sol, pela visão que me permite enxergar o azul do céu. Pelo verde das árvores, pelo meu carro, pelo operário que asfaltou a rua para eu passar com o meu carro, pela música que eu ouvia no carro, pelo pessoal que trabalha lá na emissora de rádio, pelo aplicativo do meu celular e pelo pessoal que inventou esse aplicativo. Pelo meu trabalho, etc, etc. etc... Quando a gente começa a ter o hábito de agradecer tudo de bom e de maravilhoso que existe na nossa vida, acontece uma coisa mágica: mais coisas maravilhosas começam a acontecer. É tão instantâneo!!! Quando a gente experimenta essa sensação de plenitude com o Universo é que a gente percebe que de metade não temos nada! E é só assim que vamos atrair as pessoas certas para o nosso lado.

segunda-feira, março 02, 2015

O melhor lado das brigas conjugais



Sabe aquele ditado que diz "em briga de marido e mulher ninguém mete a colher"? Pois é, faz mesmo todo o sentido. Na briga, ambos são as piores pessoas do mundo. Ambos deixam aflorar seu pior lado. Ambos se digladiam, ofendem, falam bobagens, atacam, se ferem. Ainda que apenas com palavras ásperas, agressivas, grossas, Porém, muitas e muitas vezes, se o casal se ama, ambos tudo perdoam, tudo relevam. Tudo passa. Eles voltam a se entender, voltam no tempo, voltam a namorar. E muitas vezes tudo fica muito melhor do que antes.

Para um casal dar certo, é preciso que aflore o melhor lado de cada um. Tem a ver com a teoria do espelho: eu mostro a você aquilo que você me mostra em você. E se o casal consegue estabelecer um ciclo virtuoso, fica tudo bem, tudo ótimo, melhor impossível.

O que não pode acontecer é a sensação de alívio ao estar longe da pessoa. Daí não tem volta... eu acho. Certeza, não tenho de nada.

E vamo que vamo.

quarta-feira, fevereiro 25, 2015

Data oficial do novo relacionamento: 24/02



Meu marido me pediu em namoro ontem. E eu aceitei. Só quero escrever aqui, porque vou querer comemorar daqui para frente esta data: 24/2. Vamos celebrar o aniversário de um mês de namoro, um ano... quem sabe.... Zeramos o relacionamento de 40 anos e voltaremos a contar. Um dia de namoro, e contando.

terça-feira, fevereiro 24, 2015

Ninguém quer envelhecer, mas todo mundo quer viver mais


Envelhecer não parece uma palavra boa. Lembra doença, cansaço, bengala, dor, cabelo branco, Mas longevidade não. Longevidade lembra uma vida mais longa, mais plena, mais feliz. Ou seja, o que todo mundo quer. Quanto mais tempo neste planetinha, melhor. Mas aprendizado, mais crescimento, mas evolução.

Nós, pobres seres humanos, vivendo na superfície da Terra, precisamos aprender a viver. Viver do jeito certo, sem ferir os nossos semelhantes, sem fazer (muita) besteira, sem pisar no calo dos outros, sem se envenenar, sem ser susceptível (o que nos faz sofrer mais do que o necessário).

Mas não é fácil, A gente se equilibra na linha tênue entre o prazer e a obrigação. Entre a alegria e o medo. O ânimo e o cansaço.

Às vezes, dá vontade até de desistir, mas quem somos nós para saber sobre o tempo? O tempo que nos foi destinado a permanecer neste planetinha? Não sabemos. Não temos bola de cristal. Precisamos ter fé, força, confiança, coragem, resiliência. E nada disso se pode comprar no supermercado ou se adquirir na faculdade.

Vamos colecionando experiências, palavras, atitudes, mágoas, ressentimentos, alegrias, conquistas. Tudo misturado. De vez em quando, somos assaltados por decisões inadiáveis, que precisam ser tomadas, independentemente de eventualmente ferirmos algumas pessoas próximas...

Quem é o próximo? A pessoa que está ao nosso lado em determinado momento. É irmão/irmã, pois todos somos filhos de Deus. Estamos todos no mesmo barco. Lado a lado, convivendo, ora em paz, ora em guerra, mas convivendo.

É preciso manter a máquina em perfeito funcionamento, comer direito, fazer exercício e tudo o mais. Mas eu ainda acho que o mais importante disso tudo é o amor. Sem ele, nada é possível. Sem ele, a gente não tolera, não perdoa, não volta atrás. E viver é voltar atrás, perdoar, tentar melhorar. Hoje e sempre, durante toda a longevidade que estiver ao nosso alcance.





segunda-feira, fevereiro 23, 2015

Depois de 40 anos... voltar a namorar


Não é um retrocesso.
Ao contrário: é uma evolução.
A emoção do começo, do beijo roubado, de combinar um jantar, um almoço, um cinema.
Tudo igual, mas muito diferente.
O gole do vinho que traz à tona as lembranças boas.
O medo que aflora do "outro" lado no sonho, na madrugada, que assalta a mente e entope o coração.
E fortalece a certeza de ter agido da melhor forma.
Sempre o melhor.
Quem não quer o melhor para si e para aqueles a quem ama?
Relações doentias precisam de remédio, de cura.
E o remédio é, às vezes, amargo.
Gosto amargo na boca.
Gosto de ressaca.
Gosto de esperanças perdidas.
Brilho apagado nos olhos.
A recuperação do amor doente é dolorosa.
Leva dias, semanas, meses, não sei quanto tempo.
Mas nesta vida tudo é possível.
A esperança se renova,
O brilho nos olhos vai voltando aos poucos.
A história construída ao longo dos anos pode ser remendada,
Mas é verdadeira.
Cada remendo, cada fio de cabelo branco conta uma outra história.
Lutas, sucessos, insucessos, palavras que nunca deveriam ter sido ditas.
Pedir uma faringite a Deus para não falar bobagem.
No vai-da-valsa das horas o tempo vai passando, feridas cicatrizando.
len-ta-men-te....
Tem que ter calma.
Muita calma.
Carinho, cuidado, atenção, gentileza.
Tudo de que eu preciso é de paz e de amor.
É o que expresso na minha tatuagem, que custei anos a escolher, a ter coragem de fazer.
Minha filha me deu força, me dá força.
Meu filho me inspira.
E a vida vai caminhando a passos ora largos, ora trôpegos, ora tímidos.
Ele ainda não me pediu em namoro.


quinta-feira, fevereiro 19, 2015

Ela disse adeus!



Ela Disse Adeus

Os Paralamas do Sucesso

Ela disse adeus
(Now the deed is done)
(As you blink she is gone)
(Let her get on with life)
(Let her have some fun)
Ela disse adeus
(Now the deed is done)
(As you blink she is gone)
(Let her get on with life)
(Let her have some fun)
Ela disse adeus, e chorou
Já sem nenhum sinal de amor
Ela se vestiu, e se olhou
Sem luxo, mas se perfumou
Lágrimas por ninguém
Só porque é triste o fim
Outro amor se acabou
Ele quis lhe pedir pra ficar
De nada ia adiantar
Quis lhe prometer melhorar
E quem iria acreditar?
Ela não precisa mais de você
Sempre o último a saber
Ela disse adeus
(Now the deed is done)
(As you blink she is gone)
(Let her get on with life)
(Let her have some fun)
Ela disse adeus
(Now the deed is done)
(As you blink she is gone)
(Let her get on with life)
(Let her have some fun)
Disse adeus, e chorou
Já sem nenhum sinal de amor
Ela se vestiu e se olhou
Sem luxo, mas se perfumou
Lágrimas por ninguém
Só porque é triste o fim
Outro amor se acabou
Ele quis lhe pedir pra ficar
De nada ia adiantar
Quis lhe prometer melhorar
E quem iria acreditar?
Ela não precisa mais de você
Sempre o último a saber
Ela disse adeus
(Now the deed is done)
(As you blink she is gone)
(Let her get on with life)
(Let her have some fun)
Ela disse adeus
(Now the deed is done)
(As you blink she is gone)
(Let her get on with life)
(Let her have some fun)
Ela disse adeus
(Now the deed is done)
(As you blink she is gone)
(Let her get on with life)
(Let her have some fun)
Ela disse adeus
(Now the deed is done)
(As you blink she is gone)
(Let her get on with life)
(Let her have some fun)
Ela disse adeus
(Now the deed is done)
(As you blink she is gone)
(Let her get on with life)
(Let her have some fun)

quarta-feira, fevereiro 11, 2015

Do que você precisa para viver?


Aquele famoso supermercado pergunta: "O que faz você feliz?" Bom, tem muita coisa (material) que é capaz de deixar alguém feliz. Mas tem vários questionamentos quanto a isso. Primeiro: por que existe hoje em dia essa "obrigatoriedade" de ser feliz? Talvez seja bom ficar triste um instante, refletir sobre os nossos erros, nossos problemas, nossos fantasmas. Adianta negá-los? Adianta tapar o sol com a peneira? Não. Portanto, o melhor é sentir que a vida vibra em frequências alternadas, ora tristes, ora felizes, ora animadas, ora cansadas... A vida é múltipla. É importante sentir o que precisa ser sentido. Mergulhar nas emoções e não lutar contra elas. Deixar fluir. Dito isso, vamos então mudar a pergunta: do que você precisa para viver? Além da resposta óbvia: do ar que respiramos, da comida que comemos, da água que bebemos, para manter o nosso corpo em pleno funcionamento, nós precisamos, mais do que tudo, de coisas imateriais, tais como, paz, harmonia, luz, esperança, desapego, saúde, alegria, ordem, coragem, disposição, energia positiva, amizade. Diversão e arte.

Mas, sobretudo, eu acho, precisamos de amor. De todas as formas de amar.
Hoje li um texto sobre o "amor verdadeiro" - eu já acho que é um mito o amor verdadeiro. Parece coisa de príncipe encantado. Que, assim como Papai Noel e Coelhinho da Páscoa, sabemos que não existe.

Aquele amor fraquinho com o tempo pode tornar-se forte. Ou aquele amor "forte" pode enfraquecer Acho que as pessoas, em geral, confundem amor e paixão. E quando essas duas emoções distintas se confundem dá a maior confusão.

Estou pensando em tudo isso porque eu ia mudar de casa. E ia ter que fazer um exercício de me desfazer da maior parte das "minhas" coisas - deixei entre aspas porque considero que tudo o que eu "tenho" como um empréstimo do Universo. O que temos? Quase nada. Apenas a nossa "alma" - ou seja lá como você queira chamar. Nem o nosso corpo nos pertence, já que ele fica aqui na Terra quando partimos.

Porém, ontem decidimos ficar. Não mudar. Não ir. Mas isso não significa que vou deixar simplesmente tudo como está. Quero sim essa revolução. Quero olhar para uma a uma das minhas coisas e analisar, friamente, se preciso daquilo para viver. Quero mudar ainda que permanecendo na mesma casa. Quero essa revolução. Quero analisar o que quero e o que não quero para a minha vida.
É importante a gente ter essa clareza. De repente, tudo o que tenho lá me parece inútil, imprestável. Tem tanto livro, CDs, papéis, revistas, malas, jogos, brinquedos, pastas... objetos, porta-retratos... tanta bugiganga. E a gente não precisa de nada disso pra viver. Este Carnaval que me aguarde. Tenho altos planos para esses dias de "folia"!

segunda-feira, fevereiro 09, 2015

A Família Bélier



Se você pensa que uma família de surdo-mudos em que só a filha ouve e fala não tem nada a ver com a sua família, pense de novo. A Família Bélier mora na zona rural francesa e sim, tem tudo a ver com a sua família e com a minha. Paula, a filha que fala e escuta, também canta divinamente. Ela tem um dom. Sobretudo quando fica brava. E o filme passeia por questões típicas da adolescência, da descoberta de si, das paixões, desilusões, desejos, sensações.
A história tem tudo aquilo que a gente procura em um filme: tem riso, reflexão, emoção, empatia... e lágrimas. Como chorei. Chorei porque me identifiquei com a mãe. Qual mãe não "idealiza" sua filha (ou filho)? Mas me identifiquei também com a filha. Qual filha não deseja voar? Expandir suas asas, seus horizontes... Ampliar geografias, conquistas... Crescer, evoluir.

O filme é tão bom quando outro francês que eu amei: Intocáveis. E eu desconfio que não poderei nunca mais escutar de novo a música que ela canta em Paris. Desconfio que se eu escutar de novo aquela canção as emoções vão aflorar de novo. Viver esta vida. A minha. A sua. A dos nossos filhos, irmãos, namorados. Amores, paixões, dores, risos. É disso que esse filme trata. Eu queria levar todo mundo pra ver também.

sexta-feira, janeiro 30, 2015

Vitória




O sabor da vitória é doce. Mas não foi comendo doce que cheguei até aqui. Recomecei o Vigilantes (pela terceira ou quarta vez) no dia 16/7/2014, com 75,6 kg. Entre altos e baixos, semanas em que emagreci e semanas em que engordei (sim, teve semana que eu engordei - em menor número, mas aconteceu) consegui chegar hoje na minha segunda meta: 68,2 kg. Dessa forma, foram eliminados da minha silhueta nada mais, nada menos do que 7,4 kg. É tudo uma questão de matemática. Nunca fui forte em matemática. Mas agora estou me tornando expert em calcular pró-pontos. E garanto que nada melhor do que nos colocar um desafio e sair em busca de um objetivo. Bati a primeira meta (-5% do peso inicial) em outubro do ano passado. A terceira meta (64,8) já estará bem próxima do meu peso ideal. Embora eu tenha, minha vida inteira, detestado matemática, desta, em especial, estou gostando muito: diminuir quilos, eliminar peso extra, ser mais leve nesta vida, em todos os sentidos. Busco a leveza. De corpo e de espírito.

Eu queria que todos os meus amigos/as que estivessem acima do peso seguissem o meu exemplo, porque poderia dividir com eles essa alegria. É difícil? É. Exige sacrifícios? Exige. Mas compensa ver o resultado na balança e no espelho? Compensa! Compensa tudo!

Entrar numa calça mais justa sem ficar ridícula, fechar com facilidade o zíper daquela outra calça que você tem há anos, conseguir comprar jeans da Forever 21, pedir para a moça da loja de roupas trazer um número menor, porque aquele ficou largo, Todas essas alegrias compensam a torta de limão (amoooo!!!!) que você não comeu (ou comeu só um pedacinho, quando a sua vontade era comer pelo menos uns três!). Compensam o biscoitinho do café, que você abandonou no pratinho, embora soubesse que era só um pontinho... Compensam, os pedaços de pizza que você não comeu, os copos de cerveja (e de vinho que, pessoalmente, prefiro) que você não tomou, Compensam o bolo da festa de aniversário do escritório que você fugiu dele (nem era o seu sabor preferido).

Tudo, nesta vida, é uma questão de escolha. A luta é diária e dura. Mas esta é uma batalha em que o maior vencedor será um só: você! Se eu estou conseguindo, todo mundo consegue.