terça-feira, janeiro 31, 2006

Poema urbano

Eu tenho um processo trabalhista que rola desde 1988. Outro dia fui ao Sindicato dos Jornalistas para tratar do assunto e fiquei muito, muito decepcionada. Com a vida, a Humanidade, as pessoas desonestas, com a injustiça, etc. Peguei um trânsito danado na volta. Pronto! Virou inspiração p/ um poeminha. Fazia tempo que não saía um poeminha.

Comecei a escrevê-los quando eu tinha 13 anos. Depois eles me abandonaram. Sei lá. Eu achava que poesia não tinha futuro e coisa e tal. Mas sempre gostei de escrever poesias (engraçado, de ler eu não gosto muito - acho que poesias são confessionais demais). O Word irrita um pouco, porque fica pondo letras maiúsculas onde elas são minúsculas.

Além disso, eu também achava, na minha doce inocência dos treze anos de idade, que era chique ser triste. Adorava aquela idéia dos poetas românticos, todos morrendo jovens de tuberculose. OK, OK. Admito que eu era meio "dark", antes mesmo que o conceito se configurasse.

Well, mas chega de lero-lero e vamos à poesia "dark". Sorry!! Vou submetê-lo (a), querido(a) leitor(a) ao suplício da poesia sem nome, a seguir:

Funis entrelaçados de carros
esgarçam o ânimo qualquer motorista
desavisado,
cansado,
desanimado.

Monstros de lata
que cospem fumaça
disputam palmo a palmo,
pneu a pneu,
o asfalto fétido
dessa cidade amoral.

Motos desafiam
interstícios
e despertam inveja,
ódio.

O céu, pesado,
ameaça desabar
sobre nossas cabeças.

Minhocas metálicas,
se vistas do alto,
se arrastam a 10km por hora.

E a Justiça não se faz,
não se conclui,
não chega nunca.

Perde a hora, o dia,
o mês, os anos a fio.

Aquele ano de 88, distante, nublado,
empoeirado, se esvai
entre esperanças mortas
e enterradas em funerais sem lágrimas.

Ninguém chora por mim.

segunda-feira, janeiro 30, 2006

O ano do cachorro

Eu sou cachorro no horóscopo oriental.
Então, esse é o meu ano!!

Encontrei no blog da Mirella um link interessantíssimo.

O pedaço que preciso colar aqui é o seguinte:

"O Cachorro de Fogo é impetuoso e vai emprestar essa ousadia ao ano. Isso vai fazer com que mais pessoas se arrisquem em negócios e investimentos e as chances de ganhar dinheiro aumentam. Como o Cachorro possui um coração enorme e um grande senso de Justiça, premiará os que estiverem trabalhando em prol de ideais elevados. O maior problema de 2006 foi ter vindo depois de 2005, um ano horroroso em finanças para a maioria das pessoas, graças à influência estranha do Galo. Assim, teremos grandes começos, boas perspectivas, mas frutos mesmo, não tantos.

Um bom conselho para 2006 é trabalhar com gosto, mas sem exageros, e esperar a recompensa. Não faça gastos desnecessários, mesmo que pinte uma grana inesperada, pois as contas feitas em 2005 ainda surtirão efeitos dolorosos em 2006.

Quem estiver a fim de tentar uma coisa nova, será um bom ano para apostar em si mesmo. 2006 prestigiará as pequenas e médias empresas que começarem sob a regência do Cachorro".

Viva o renascimento da Companhia Paulista!!

Dá licença que agora preciso pensar no site, etc...

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Finalmente caiu a ficha!


A partir de hoje, a Companhia Paulista de Comunicação volta à ativa. Graças à Pri, que me deu duas indicações legais. Graças a algumas reuniões e entrevistas que abriram meus olhos. Agora, tenho muito trabalho.

Preciso de clientes legais. Aceito indicações!!

Pedacinho do que já fiz:

Companhia Paulista de Comunicação (sócia-diretora) - 1989 a 1991. Atendimento ao Mozarteum Brasileiro, Bovespa, Banco Francês e Brasileiro, Universidade Federal do Ceará, Aeroclube de São Paulo, Sanbra, Traditional Jazz Band, Alex Flemming (artista plástico), entre outros.

Extra Assessoria de Comunicação (sócia-diretora) - 1988 e 1989. Atendimento ao Banco Francês e Brasileiro, Traditional Jazz Band e Cisne Negro Cia. de Dança, entre outros.

Preciso citar um dos meus maiores orgulhos profissionais: a campanha "Vale Vida" - para estimular a doação de órgãos. Levei o dr. Zerbini para dar entrevistas na TV em São Paulo e em Fortaleza. O Jornal da Tarde publicou um editorial sobre o assunto, no dia do evento, que aconteceu na Universidade Federal do Ceará.

Fico muito orgulhosa de ter feito isso. Bacana, né?

Agora não posso mais conversar, porque tô fazendo uma proposta de assessoria de imprensa para o Ramalho.

Voltarei ao assunto em breve!

Bom fim de semana!

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Batizado da minha casa


Finalmente instalamos o mosaico que eu fiz na parede da casa.
Aceito encomendas (Inclui estudo de numerologia, para decidir qual é o melhor nome+número).

Depois conto mais.

Eu queria fazer uma festinha de batizado, mas tô com preguiça.

Ah, parabéns SP.
(sem muito entusiasmo...)

terça-feira, janeiro 24, 2006

Como levar um "fora" e sair por cima



Sempre é chato levar um fora... Essa madrugada, a moça mais linda dessa edição do reality show levou um, em rede nacional. Pior ainda!!
A vida vive dando "foras" na gente. Nem sempre é coisa de namorado, apenas.
Ser demitido, ser preterido naquela vaga de emprego, desistir de um trabalho porque tá chato ou difícil, a vida vive dando passos pra trás.
Obviamente, quando o coração tá envolvido, tudo fica ainda mais difícil.
Quando estudei Psicologia, vi que a gente costuma usar os chamados "mecanismos de defesa" para mantermos a nossa sanidade mental. E eles vão desde a negação, até a sublimação (quando a gente resolve fazer alguma "obra de arte" representando o nosso "sofrimento".
Mas uma dica prática (dentro do mecanismo da "racionalização") é fazer uma listinha dos defeitos do moço (ou da moça) que deu o fora na gente.
Além disso, há muita gente no mundo.
Por isso, uma amiga minha tinha sempre à mão uma listinha de pretês p/ investir, nesses casos.
Vamos ser práticas: todo mundo precisa de amor.
Assim, vamos deixar de lado a questão puramente estética.
Adorei aquela propaganda do sabonete, que sugere que todos os biotipos podem aproveitar a praia. Vamos nessa. O verão ainda tá bombando, como diria meu filho.

Mudando de assunto, preciso contar uma novidade: tem um cachorro aqui em casa (o da foto aí de cima), chamado Peter Tosh (ele tá aqui já faz umas duas ou três semanas). Foi uma crise, porque no começo eu não gostei da idéia. Mas ele é um fofo e já me conquistou.

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Felizes para sempre!!



Ia escrever um e-mail. Mas resolvi partir pro post mesmo. Afinal, esse assunto tem tuuuudo a ver com o "Consulta". A minha amiga virtual/real Nana vai se casar amanhã. É lógico que eu desejo que ela seja feliz para sempre. Mando todas as vibrações positivas do mundo por intermédio deste post aqui. Desejo muitas, enormes, gigantes felicidades para o casalzinho.

Afinal, esse blog sempre proclamou que "all you need is love". Eu realmente acredito nisso.

Mas, Nana, please, não se iluda. Nem tudo são flores na vida de casada. É preciso esforço, dedicação, perdão (esse é fundamental), abnegação (eita palavra fora de moda, nesses tempos de egoísmo e vaidade exacerbados, hein??), carinho, mimo, surpresas boas, companheirismo, admiração e, sobretudo, vontade de ficar junto daquela pessoa. Pois assim, tudo fica mais fácil. Lembre-se: as mesmas qualidades que atraíram você naquela pessoa podem te irritar depois de algum tempo. Por exemplo: você acha engraçadinho como o seu "namorido" é simpático com todo mundo, etc. Depois de um tempo, você começa a achar que ele tá sorrindo demais para alguma moça mais bonita... Aí entra o monstrinho verde dos ciúmes pra estragar tudo. Ou pode ser que ele sinta ciúmes de você... O jeito, na minha modesta opinião, é combater esse monstrinho verde a todo custo. Se for com você, procure reforçar a sua auto-estima quando ele quiser atacar. Ninguém é melhor do que ninguém. Se for com ele, faça com que ele tenha certeza absoluta do seu amor, como só você pode fazer.

Mas não tô aqui pra ser a "tia" chata, não!

Desejo que seu casamento seja maravilhoso, um momento muito especial, que marque uma nova e luminosa fase de "nunca mais ficar sozinha". Desejo que tudo aconteça como você planejou, que seus amigos e parentes festejem com você a união do casal. Desejo muitas, muitas, muitas felicidades, risadas, intimidades, carícias e doçuras. E se eu morasse mais perto, eu apareceria pra jogar punhados de arroz. De acordo com um site da internet, encontrado pelo meu querido e adorado Google, jogar arroz nos noivos é uma tradição antiga da China, usada há dois mil anos. Esta atitude simboliza a fartura para a vida do casal (os grãos representam a fertilidade).

Beijos, Nana! Seja feliz!!

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Bom humor


O mau humor atrapalha a nossa vida. Nossa aura deve ficar escura, embolorada. A gente fica emburrado, triste, chateado e fica chateado por estar de mau humor. É um círculo vicioso. A gente, em geral, tem muitos motivos e justificativas pra ficar de mau humor. O trânsito, a falta de grana, o chefe chato, as contas pra pagar, as coisas que não saem do jeito que a gente planejou ou sonha.... ichi. Uma lista enorme de motivos que justificam a nossa atitude. Mas o melhor a fazer é parar e pensar. Por que estou de mau humor? Identificado o motivo, continuemos a raciocinar: posso dar um jeito nisso agora? Se puder, mãos à obra. Se não, o jeito é relaxar e rir da gente mesmo. Rir da gente mesmo faz um bem danado.

Às vezes precisamos fazer um baita esforço pra não nos deixar contaminar pelo mau-humor. Às vezes, as coisas mais bobas nos deixam de mau-humor. Mas, porém, todavia, contudo, hoje é segunda-feira. O sol brilha no céu. Temos saúde, amigos, céu azul, flores, comida boa, alguém especial.

Eu, particularmente, tenho muito o que agradecer. Ontem todos os quatro fizemos o "Evangelho no Lar". Há um tempo atrás, isso seria impensável aqui em casa. Tenho tantos motivos pra ficar de bom humor!

Tem um senhor lá no clube que vive dando risada. Ele diz que leu um texto uma vez numa revista dizendo que rir faz bem pra saúde e começou a gargalhar na mesma hora. A mulher dele perguntou: "O que foi??" E ele: "Nada. Só escolhi começar a rir, pra melhorar a minha saúde". É uma sábia atitude. Ele conta essa história (rindo muito) pra todo mundo e todo mundo acha que ele é um cara legal. Começar a rir mais pode até atrair aquela pessoa especial na nossa vida. Nossos olhos se iluminam e sorriem também. E isso é a coisa mais atraente do mundo. Mais do que seios siliconados ou aquele corpitcho "perfeito" (que ningupem tem). Acho que essa é uma boa dica para uma segunda-feira. Ainda que seja um riso forçado ou amarelo, no começo, a tendência é que ele se torne mais fácil e espontâneo com o tempo.

E se você está em dúvida, isso aqui é sim um texto de auto-ajuda (pra mim mesma). E se por um acaso servir pra mais alguém, beleza!! Vamo que vamo. Que a semana tá só começando.

domingo, janeiro 08, 2006

Consultinha básica



Pergunta:
Olá, Dona Silvia,
Vi sua página em outro endereço e resolvi vir até aqui pedir sua ajuda. Na verdade, estou com problemas sentimentais. Bom, para ser sincera na minha cabeça não chega a ser um problema, mas na dos outros eu sei que será.Bom, não sei se é psicóloga, mas se for queria seu conselho. Um garoto de 19 anos está gostando de mim e eu, apesar de ter resistido no começo, também estou me apaixonando. Mas sei que pela minha idade (32), é uma diferença grande e a sociedade não aceitará.

Resposta: Acabei de ver o filme “O Amor É Cego” na Globo e chego aqui encontro essa dúvida sentimental. Humm, essa é fácil. A sociedade é cruel e não enxerga (e nem deixa a gente enxergar) como as pessoas são por dentro. A gente simplesmente não pode deixar essa dita “sociedade” ditar as regras. Basta estarmos preparados para enfrentar suas reações descabidas, irracionais e inoportunas. Idade? Isso não é problema. Pra citar um casal famoso, veja o exemplo da Marília e do Reynaldo. Mande a sociedade “catar coquinhos” e se jogue nessa onda. Pode ser que não dure para sempre, mas toda maneira de amor vale amar. Se quiser que dure, invista no seu amor. Sabe aquela história da plantinha e coisa e tal? Pois é. Manda bala. Seja feliz!

terça-feira, janeiro 03, 2006

Ano novo, vida nova!!


Com toda a energia positiva vinda do mar e dos fogos que coloriram o céu da cidade litorânea de Caraguatatuba, meu Novo Ano começa de fato hoje. Meu pai e a Aparecida receberam a gente lá na casa deles. Esse é o arranjo que a Aparecida fez, com rosas da roseira plantada pela vovó Flora e com a folhagem plantada pelo vovô Mário. Ficou lindo!

Uma bela homenagem aos nossos ancestrais.

Agora é hora de olhar pra frente e continuar na luta. Pouca coisa muda. Um segundo a mais, um perdão a mais.

Um dos meus objetivos para este ano é aprender a perdoar. Mas perdoar significa esquecer. Não adianta nada a gente perdoar sem esquecer. E o mérito do perdão é proporcional à ofensa. Perdoar as ofensas leves é fácil. O duro é perdoar aquela pessoa que nos feriu a alma, nos fez chorar, sofrer. Tem muita gente que precisa de perdão. Desde o nosso presidente da República até o nosso vizinho da casa ao lado. E aposto que a gente também precisa de perdão. Pelas nossas faltas imperdoáveis. Eu, por exemplo, não mencionei o nome da Ingrid, que eu tanto admiro, no meu post anterior.

Minha dica para 2006 é essa: o perdão, que lava a alma do mundo, que deixa tudo mais leve, que faz com que a gente suba mais um degrau em direção ao nosso progresso espiritual. Que tudo o mais (saúde, amor, dinheiro no bolso) virá por acréscimo da misericórdia divina. A mágoa é uma carga muito pesada que nos afunda em direção ao nosso inferno pessoal. Nem todo mundo pensa como a gente gostaria, age como a gente acha certo. Mas essa é a vida. Essa é a nossa possibilidade aqui e agora de nos elevarmos em direção ao Mundo Melhor que esperamos poder um dia usufruir ao lado de quem a gente ama de verdade. Porque chegar lá sozinho também não vai ter graça nenhuma.

Meu desejo pra 2006 é que o Mundo aprenda essa lição, que foi dada há uns 2000 anos atrás pelo aniversariante mais ilustre de quem se tem notícia. Já tá mais do que na hora de aprendermos essa lição. Para perdoar é preciso se humilhar, OK. Mas aquele que se humilha será elevado. E não demora muito não.

Feliz 2006!