sexta-feira, setembro 02, 2022

A aspereza da espera


Esperar não é nada fácil. Não tem nada que se possa fazer para acelerar o tempo. Quem acompanha esse blog sabe que eu briguei muitas vezes com o relógio. Sempre considerei o relógio um objeto extremamente cruel com a gente. Não dava tempo de nada e pronto! Foi-se o dia, a semana, o mês, o ano! Agora continuo a brigar, mas pelo motivo inverso. Agora eu vivo em compasso de espera. De espera pelo meu amor, que vai me lavar para a minha nova vida e eu não vejo a hora de chegar o dia 12 de setembro. Nesse dia nós vamos nos reunir novamente para nunca mais (eu disse nunca mais) nos separarmos. 

Eu, uma pessoa que nunca acreditou no "felizes até a que a morte os separe" estou aqui falando de um amor que vai durar toda a minha vida terrena (e talvez além, quem sabe...) Inclusive digo mais... a impressão que temos é a de que nos conhecemos de vidas passadas, se é que elas existem.. Sentimos uma estranha familiaridade um no outro. Difícil de explicar. 

Mas o tema deste post é a espera. Os ponteiros do relógio que lentamente vão se movimentando a passos lentíssimos até o dia do nosso reencontro. 

Muito já se falou - em verso e prosa - sobre a relatividade do tempo. E agora sinto na carne e na alma esse paradoxo. 

António, meu amor, quero deixar registrado aqui no meu blog esse áspero período de espera. Eu supunha que tivesse sido mais fácil, mas à medida que a data se aproxima, tudo fica mais difícil e complicado do lado de cá do Atlântico. A gente se vê pela fria tela (ecrã) do computador e, ao invés de aliviar a saudade, ela só acirra a vontade que temos que estar lado a lado. O toque da pele com a pela não se mimetiza pela Internet. Pelo menos ainda não... 

António, meu amor, te espero aqui com todo o meu amor embrulhadinho para presente. Tu vais me entender melhor quando estiver frente a frente com esta minha cidade de São Paulo tão contraditória... Apaixonante e amedrontadora. Frenética e poética. Mas não vou ficar aqui a citar adjetivos, sempre insuficientes para definir a "minha" megalópole. "A cidade é uma estranha senhora que hoje sorri e amanhã te devora!" 

António, meu amor, quero fazer as malas e ir com você para Amoreira! O próprio nome da nossa aldeia contém a palavra "amor". Essa mudança representa tudo com que eu sonhei na minha vida inteira, desde criança. Esse resgate do amor e do meu sonho infantil é algo que nunca, nunca, nunca poderei retribuir à altura. 

Só quero dizer de novo e de novo: amo-te, amo-te, amo-te até o infinito e além. Chega logo, meu amor. Anda cá, amore mio. 

4 comentários:

  1. Anônimo6:48 AM

    Que linda história! Se conheceram na infância e se reencontraram na maturidade? É isso? Conte mais dessa linda história de amor. O mundo está precisando de mais amor. Felicidades

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    1. Obrigada! Muito provavelmente nossa história vai virar livro... rsrs Queria muito saber de quem é o comentário!!

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  2. Meu amor, em cada dia que passa partilhamos tudo o que relatas de forma profunda. Vou aqui colocar um excerto do que escrevi, em resultado desta tua publicação, no meu mural do Facebook
    (https://www.facebook.com/antonio.m.g.rodrigues/)
    "minha querida Silvia . Sabes que sinto tudo o que dizes nessa maravilhosa declaração de amor que, em conjunto com tanto que me tens escrito, são as palavras mais belas e emcionantes que já recebi. Tu és a pessoa mais especial que já entrou na minha vida. A alma e o coração mais belos que conheço. Consigo "ver-te", tal como tu me "vês" e isso é único e indispensável. Contigo todas as peças soltas, durante toda a vida, encaixaram... também te quero para o resto da vida. A tua companhia dá-lhe o sentido que precisa para merecer a pena. Já não falta muito, meu amor. Vou sim, em breve estarei contigo para te dizer, pela minha vez, "anda cá..."❤️"
    Como também lá disse: "Comovo-me com esta escrita que mostra a tua "alma" e a tua forma de me amar, tudo isso que amo num balanço circular."

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  3. Anônimo1:02 PM

    O (re?)encontro de vocês é divino, é possível, é maravilhoso! Que vocês o sintam a cada segundo, na paz que essa vivência pode trazer à vida, sem deixar em nenhum momento que a crueza do dia-a-dia "padrão" tire vocês dessa realidade sublime... e real. Amo ver e sentir o amor de vocês! <3

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