quinta-feira, julho 25, 2024

Dia do escritor e Dia Fora do Tempo


Escritor(a) é aquela pessoa que tem tanta intimidade com as palavras que não sente medo algum da página em branco.

Escritor(a) é aquele que encara a página em branco como o palco onde ele faz bailarem as suas palavras, escolhidas a dedo, para emocionar, denunciar e até mesmo curar.

Escritor(a) é aquele que escreve porque é inevitável.

Escritor(a) é quem possui uma varinha mágica (tanto no sentido que usamos no Brasil, quanto no sentido usado aqui em Portugal — ou seja, um mixer) para lidar com as palavras e as sentenças de um jeito próprio, como ninguém mais consegue repetir ou imitar.

Escritor(a) é quem tem a coragem de vomitar em público seus pensamentos e sentimentos por intermédio das palavras, arriscando-se a encontrar nesse público aqueles que se identifiquem com a sua expressão.

Portanto, amigas e amigos, escritores atuais e futuros, sintam-se à vontade com as palavras. Escrevam, escrevam e escrevam. A minha dica de hoje vai para um site muito bacana, que eu adoro, onde você pode escrever um e-mail para você mesmo, no futuro. Quando você menos esperar, lá estará o seu próprio e-mail na sua caixa de entrada, a relembrar as suas questões atuais, que no futuro terão outra relevância completamente diferente. A vida é dinâmica e o tempo tem as suas dobras. Aproveite o Dia dos Escritor e escreva para você mesmo. Você vai se surpreender e se emocionar.

Além disso, na cultura maia, hoje é o Dia Fora do Tempo. Para saber mais, entre neste link

sábado, julho 20, 2024

Façanha digna de post!

Ultimamente, não tenho vindo muito aqui ao blog, por vários motivos. Primeiro, tenho feito outras coisas da minha vida e tenho priorizado a vida offline. Sei lá onde a Inteligência Artificial vai nos levar, e um belo pedaço da minha vida já está exposto aqui. Então resolvi diminuir minha presença online. Segundo, ninguém lê. Ninguém está nem aí com o que eu tenho a dizer (escrever). E estão certos. Eu me recolho à minha "insignificância", rsrs 

Mas preciso deixar registrada aqui uma das maiores façanhas que já vi com as minhas retinas cansadas, afinal, são 66 anos de vida até agora. Ontem, o meu filho me mandou esse vídeo no WhatsApp e eu precisei ver várias vezes. 

-- Cadê as rodinhas? 

Não, não tinha rodinhas. Ela estava andando de bicicleta com duas rodas, com a maior desenvoltura desse mundo. Outro filme passou na minha cabeça. Lembrei de quando o Tom aprendeu a andar de bicicleta, eu queria ir correndo atrás dele para o segurar, caso desequilibrasse. E lá estava a Olívia, do alto dos seus 4 anos de idade, no meio da maior movimentação de bicicletas, dando voltas e voltas na pista, na maior, fazendo curvas e tudo o mais! De primeira! Meu queixo caiu e está caído até agora. Nunca vi nada parecido em toda a minha vida. Essa minha netinha é mesmo um fenômeno. Só pode ser. Vai ver ela é daquela geração "cristal" ou algo parecido. 

Parabéns, querida Oli! Estou orgulhosíssima da sua coragem e habilidade. Vocês sabem, eu pertenço a dinastia das avós corujas, é claro, Aliás, como todas as avós, eu imagino. Espero que dê para ver no vídeo, que não me deixa mentir (se bem que tudo hoje pode ser fake, mas este eu garanto que não é!)  






segunda-feira, julho 01, 2024

Cartinha para o céu


Querida amiga Vilma, 

Eu sei muito bem que existem os médiuns, e tal. Inclusive já fui médium no passado. Mas o que eu queria mesmo era um jeito de fazer um telefonema para o Céu para dar os parabéns hoje para a minha querida amiga e comadre Vilma... Que saudades! Ah, Vilma, querida, que falta você me faz. Quanta falta eu sinto das nossas conversas, das suas festinhas, dos seus telefonemas (você ligava muito mais pra mim do que eu pra você, mas nunca me cobrava nada e perdoava a minha atitude, sem que eu precisasse pedir perdão). Que falta faz a sua presença aqui neste nosso mundo tão mesquinho, tão maluco, tão conectado e ao mesmo tempo tão desconectado do que verdadeiramente importa. 

Como você está, minha amiga querida? Como é a vida aí do outro lado? Ah, eu queria tanto que você pudesse falar comigo, responder minhas perguntas, que são tantas... 

Imagino que você esteja acompanhando os progressos da Mariana, da Marília e do André, e agora também das suas netinhas tão lindas... Ah, como elas gostariam de ter por perto essa vovó amorosa que você seria para elas... Disso eu tenho a certeza. 

Imagino que você tenha reencontrado toda a sua família aí pelo Céu, e que você dê um jeito de fazer o camarão na moranga, um bolo diferente, ou que invente qualquer pretexto para reunir o pessoal em volta da mesa. Ou da churrasqueira! Mas sabe de uma coisa? Não como mais carne. Ainda como peixe de vez em quando. Mas nada de carne. Nem o António, meu marido. Queria tanto que você o conhecesse! Ele é um ser humano muito especial. Tão cheio de qualidades e de virtudes... Parecido com você. Ama os animais, é atencioso com as pessoas, até mesmo com as desconhecidas, que, em pouco tempo, estão a lhe fazer confidências, a lhe contar toda a vida. Ele valoriza as coisas realmente importantes, sabe? Todos os dias, brindamos com cafezinho ao amor, à paz e à saúde. 

Ah, como eu me lembro de como você gostava do seu café matinal... Antes de tudo, um café preto. Depois, chamava a gente para caminhar nas redondezas da chácara. E a gente ia, feliz só por estar na sua companhia. 

Imagino que você continue a fazer belos arranjos com as flores magníficas que só se encontram aí no Céu. Imagino que você também sinta saudades da gente aqui embaixo. Será que seu ipê está bonito lá na casa da Mônica? Nunca mais falei com ela. Imagino que você sinta falta das reuniões do Comadrio, mas olha... parece que elas acabaram. Sem você não tinha mais nenhuma graça. 

Não faço a mínima ideia se você vai ler a minha cartinha. Espero que sim! Você costumava gostar das minhas cartinhas. Eu sei que deixei de te dar parabéns durante vários anos. Mas nunca me esqueci do seu aniversário. E não foi preciso nenhuma inteligência artificial me recordar dessa data no dia de hoje. Este ano, parece que você está a me fazer muito mais falta do que nos anos anteriores. Passei a diferenciar melhor uma amizade verdadeira das superficiais e a sua era das boas amizades, das verdadeiras, você era uma amiga com quem eu sempre podia contar, de verdade. 

Tenho pouqquíssimas fotos com você. Naquela época a gente se preocupava mais em viver o momento do que fotografar. Estávamos certas... E as poucas fotos que eu tenho estão justamente aqui no blog. Então, vou usar uma das repetidas. 

E eu não sei que tipo de desejo posso ter para você aí no outro plano... Mas desejo amor, paz, sabedoria, carinho, amizade, todas essas "coisas" (que não são "coisas") mais valiosas que a gente só aprende a dar valor mesmo quando estamos distantes da materialidade. 

Vilma, amiga querida, te envio minhas vibrações de carinho e de amizade eterna. Não tive irmã nesta vida, mas te considerei uma irmã de coração. "Tomare" (era assim que você falava e eu achava uma graça!) que você receba a minha cartinha e o meu abraço bem apertado. Se é que existe encontro astral, me chama pra gente conversar. 

Beijos da sua comadre,

Silvia