Um blog chamado Consulta Sentimental jamais poderia deixar esse dia passar em branco...
Estou atrasada, mas o Dia dos Namorados vai até a meia noite, então, ainda dá tempo de falar hoje do meu "namorido" (mistura de namorado e marido).
Bom, um casal que está junto há 31 anos tem uma história de vida em comum. Impossível falar em um sem lembrar do outro. Dizem que as pessoas que vivem muito tempo juntas acabam ficando parecidas, até mesmo na fisionomia. Se isso é verdade, eu não sei. Mas sei que o amor que a gente alimenta um pelo outro consegue se curar das feridas e se fortalecer. Consegue enfrentar as barras mais leves e as mais pesadas, e consegue misturar nesse caldeirão de sentimentos intensos uma série de emoções mais ou menos contraditórias, por algumas vezes, mas fundamentalmente sinceras.
Doses de cumplicidade. Romantismo. Companheirismo. Atração, vontade de ficar junto, sem falar nada, mas sem que o silêncio pese. Vontade de sair correndo, de chutar, socar, gritar, pedir desculpas, conversar. Eu tive a sorte de conhecer aquele garoto, que minha mãe achou tão magrinho! De cabelos loiros encaracolados e olhos azuis (ou verdes?), popular, amigo de todo mundo, simpático, brincalhão, extrovertido, que me ensinou a ver a vida de outro ângulo, me mostrou que é possível ter um sonho e ir atrás dele para fazê-lo tornar-se realidade. Meu amor, meu querido do coração. Me deu dois filhos lindos e maravilhosos que são as coisas mais importantes de toda a minha vida e juntos construímos a nossa felicidade, feita de momentos entrelaçados, felizes, nem tão felizes, de luta, de união, de suor, lágrimas, dores e alegrias, como um mosaico colorido, furta-cor. Temos uma vida juntos. Uma vida intensa, cheia de emoções e de conquistas. De sonhos já realizados e a realizar.
A primeira casa, o sobradinho alugado na rua João Moura, o apartamente comprado com o nosso dinheiro e agora a casa dos nossos sonhos.... O primeiro filho, depois de três anos de espera. A filha querida, depois de nove (!) anos de espera. A primeira viagem ao exterior (logo para Paris). Os carrinhos - o primeiro carro, um TL verde e depois o fusca branco, zerinho... Conquista após conquista. Passo a passo contruímos nosso castelo, nossa fortaleza. Veio a chuva e a tempestade e ele continua ali, firme como rocha.
Uma rosa vermelha, estrategicamente colocada no canto do relacionamento, garante a chama da paixão, depois de tantos anos... Ele sempre dá um jeito de realizar os meus desejos, me leva café na cama de vez em quando até hoje (ainda que seja para me pedir um favor, depois... :-)
Posso dizer que vale a pena perdoar, relevar, e também pedir perdão e "se humilhar" se a recompensa for a construção de uma família como a minha. Vale a pena. Valeu a pena, Gui. Te amo muito. More than you know.
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