Hoje, quando fui levar o lixo reciclável lá embaixo, na volta cruzei com um vizinho que estava saindo pelo portão. Como costumo fazer com qualquer ser humano que encontro no meu caminho, desejei a ele um “bom dia”. Porém não obtive resposta.
Fiquei triste, porque quando disse “bom dia” era um desejo
sincero de que ele tivesse realmente um bom dia. Será que ele não me escutou?
Será que ele conscientemente não deseja o mesmo para mim? Será que ele tem outros
problemas mais sérios que o impedem de responder a um simples “bom dia”?
Uma coisa que eu faço na minha vida é escrever. Adoro
agrupar as palavras de modo a formar um texto coerente, com começo, meio e fim,
e gosto de me expressar dessa forma.
Na minha modesta opinião, mais do que um mero conserto de
parede ou de telhado, o que importa mais em um condomínio é a convivência entre
as pessoas. O que dá vontade na gente de mudar não é o valor alto do condomínio
e nem a administração nem tão boa do edifício. Mas é a falta do “bom dia” de
volta, a atitude de arrancar arbitrariamente uma planta do jardim que estava “incomodando”,
embora os outros vizinhos já tivessem criado afeto por ela...
Vocês me desculpem o desabafo, e sei que aqui pode nem ser o
lugar mais adequado para esse meu “textão”! Mas comigo acontece que sempre que escrevo
sobre alguma coisa que me deixa triste, acabo me sentindo um pouco melhor depois
do ponto final.
Então, deixo aqui meu manifesto: Por um prédio mais humano,
em que todos deem “Bom dia” uns aos outros. Por um edifício em que as atitudes
não sejam nunca tomadas arbitrariamente, em detrimento da opinião dos demais.
Por um condomínio em que a gente possa criar um oásis de gentileza e de
respeito, em meio a uma cidade por vezes tão amarga e violenta.
Desejo, de coração, a todos os meus vizinhos e vizinhas do Planeta Terra, um
bom dia.
Silvia, apto. 31
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