Você pode tudo. Mas nem tudo convém. Escolher as atitudes
certas, as palavras certas e até os desejos certos é uma arte. Ser conveniente
é um desafio.
Hoje de manhã, quando entrei no vestiário feminino do clube,
me deparei com um menino grande. Eu precisava tirar a roupa para tomar banho e
aguardei que ele saísse com a mãe. Como a coisa ficou demorada, perguntei:
- Desculpe, mas qual é a idade dele?
- Sete anos, ela respondeu.
- Então ele não deveria estar aqui, retruquei.
- Por que? Te incomoda?
- Muito.
- Sete anos, ela respondeu.
- Então ele não deveria estar aqui, retruquei.
- Por que? Te incomoda?
- Muito.
Assim, ela pediu para ele sair e esperar lá fora.
Eu, não satisfeita, perguntei:
- E a você? Não incomoda que ele veja uma velhinha pelada?
Ela começou com um papo furado de liberdade, de vergonha do
corpo e tal. Então, mostrei a placa bem visível na porta do vestiário,
onde se lê que só podem entrar meninos de até 6 anos.
O que está mãe está ensinando ao filho? O desrespeito às
regras. Lamentável. Ou seja, poder entrar lá com o filho, ela pode. Mas está
sendo inconveniente! Fazendo o que não convém.
A placa da loja de conveniência me inspirou a contar esta
história. Ah, se existisse um pacotinho de “conveniência” que a gente pudesse
distribuir a algumas pessoas!
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