quinta-feira, maio 12, 2016

Conveniência


Você pode tudo. Mas nem tudo convém. Escolher as atitudes certas, as palavras certas e até os desejos certos é uma arte. Ser conveniente é um desafio.

Hoje de manhã, quando entrei no vestiário feminino do clube, me deparei com um menino grande. Eu precisava tirar a roupa para tomar banho e aguardei que ele saísse com a mãe. Como a coisa ficou demorada, perguntei:
- Desculpe, mas qual é a idade dele?
- Sete anos, ela respondeu.
- Então ele não deveria estar aqui, retruquei.
- Por que? Te incomoda?
- Muito.

Assim, ela pediu para ele sair e esperar lá fora.

Eu, não satisfeita, perguntei:
- E a você? Não incomoda que ele veja uma velhinha pelada?

Ela começou com um papo furado de liberdade, de vergonha do corpo e tal. Então, mostrei a placa bem visível na porta do vestiário, onde se lê que só podem entrar meninos de até 6 anos.

O que está mãe está ensinando ao filho? O desrespeito às regras. Lamentável. Ou seja, poder entrar lá com o filho, ela pode. Mas está sendo inconveniente! Fazendo o que não convém.


A placa da loja de conveniência me inspirou a contar esta história. Ah, se existisse um pacotinho de “conveniência” que a gente pudesse distribuir a algumas pessoas! 

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